Dois em cada dez brasileiros com smartphone, ou seja, 20%, declaram que pagam por serviços de streaming de música. A descoberta faz parte da nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil.

A proporção é praticamente metade daquela verificada em streaming de filmes e séries (38%). A diferença pode ser explicada por dois fatores. O primeiro é que os principais serviços de música oferecem versões gratuitas em troca da reprodução de publicidade em áudio, enquanto o Netflix, líder do segmento de streaming de filmes e séries, não dá essa opção. Outra possível explicação é que muitas pessoas têm o serviço de música como parte integrante dos seus planos de telefonia e talvez não o percebam como um serviço pago, mas como um “brinde” da operadora.

A proporção de assinantes de streaming de música é maior nas classes A e B (30%) do que nas classes C, D e E (17%), o que reforça a tese de que provavelmente uma parcela significativa prefira a versão gratuita de serviços de streaming de música.

Também há diferença significativa na comparação por faixa etária: o hábito de pagar por streaming de música é mais comum entre os jovens. No grupo entre 16 e 29 anos, a proporção é de 27%. O percentual cai para 17% na faixa entre 30 e 49 anos, e diminui para 10% entre aqueles com 50 anos ou mais.

Spotify e Deezer lideram a preferência dos consumidores brasileiros em streaming de música pago.

A pesquisa entrevistou em abril 1.763 brasileiros que possuem smartphones. Em uma das perguntas, os entrevistados listaram até 20 apps que aparecem em sua tela inicial. O relatório completo está disponível para download gratuito aqui.