O CEO do Grupo Datora, Tomas Fuchs, afirmou que este ano está pujante em negócios para a empresa em redes privativas. Em conversa com Mobile Time durante o Encontro Nacional da Abrint nesta semana, o executivo disse que a companhia tem atualmente 23 torres erguidas para RCPs.

Fuchs explicou que o segmento que mais tem avançado em conectividade privativa em 2024 é o agronegócio, pois busca por novas formas de aumentar a produtividade no campo em um ano de receitas abaixo do esperado: “É um mercado com muito volume que cresce por eficiência e conectividade”, completou.

A partir da conexão celular, os players desse mercado investem em soluções como controle de praga, controle de água e rastreamento para evitar furto de cabeça de gado. A maior parte desses negócios estão sendo feitos no norte e centro-oeste do País.

Outros segmentos que a Datora tem engajado em conversas sobre redes privativas são mineradoras (de menor porte), portos e logística. Em cidades inteligentes e indústria de manufatura, as conversas estão mais incipientes mesmo com movimentos de avanço da indústria (NIB) e de iluminação pública no Brasil.

IoT e MVNOs

Outro movimento próspero da companhia está em Internet das Coisas. Atualmente, a empresa tem mais de 3 milhões de dispositivos conectados em sua rede, a maioria são maquininhas de cartões e equipamentos de rastreamento de carro na Arqia – empresa do grupo. Trata-s de um segmento que pode crescer mais com o desligamento do 2G e 3G, alerta o executivo.

Por outro lado, a Datora vê que a base de operadoras móveis virtuais ainda está tímida em sua estrutura. Atualmente com aproximadamente 20 MVNOs, a empresa acredita que há oportunidade entre aos pequenas prestadoras (ISPs) para evoluírem com a conectividade celular.

Porém, Fuchs explicou que elas “precisam enxergar” os benefícios do móvel em diferenciação ao fixo, como saber cobrar pelos planos e empacotar as ofertas: “Os provedores fazem combo. É o que pega o cliente final (e gera lucro)”, disse. Essa mesma regra de cobrar e empacotar bem também vale para o IoT.

Imagem principal: Tomas Fuchs, CEO do Grupo Datora (divulgação: Datora)