A Amazon confirmou nesta quinta-feira, 14, a criação de uma rede satelital Mesh que permitirá uma oferta de conectividade global para os setores público e privado. Por meio do Project Kuiper, a empresa realizou um teste com link ótico intersatelital (OISL) via lasers que atingiu velocidade média de 100 Gbps em uma distância de 1 mil quilômetros para transferir dados entre dois satélites de baixa órbita (LEO).

Quando lançada, a rede mesh da Amazon permitirá que a companhia alcance usuários no mundo todo, inclusive em pontos longínquos e inóspitos. Diferentemente das redes atuais que fazem a comunicação de ponta a ponta com apenas um satélite, a técnica da OISL permite enviar dados por meio da constelação de satélites com mais velocidade (pelo fato de ser laser), aumento de throughput e baixa latência.

Para efeito de comparação, a transmissão de dados via laser é 30% mais rápida que uma rede equivalente via fibra ótica. Além disso, uma vez que a Kuiper tem infraestrutura e serviços da AWS, a companhia pode reduzir ainda mais a latência com o roteamento do tráfego de dados.

Próximas etapas

Lançamento de satélites aptos a criar essa rede mesh será no primeiro semestre de 2024

O teste desta quinta-feira era a última etapa de validação antes de um lançamento comercial. Agora, a ideia é que o OISL esteja operacional em satélites que serão lançados no primeiro semestre de 2024. Os testes com parceiros serão no segundo semestre de 2024.

A companhia mira em empresas do setor público ou privado que precisam de conectividade no mar, terra, ar e até o espaço. Deram como exemplo, cruzeiros longe dos portos e aviões em voos transcontinentais.

Imagem principal: a rede mesh desenhada pelos engenheiros do Project Kuiper (reprodução: Amazon)