O Brasil teve uma queda de 34,5% nos pedidos de portabilidade de telefonia móvel em 2023, com 5,5 milhões pedidos ante 8,4 milhões do ano anterior. Segundo dados da Anatel, a quantidade de reclamações de portabilidade no Serviço Móvel Pessoal (SMP) também recuou de 35 mil para 22 mil (-37%).

Assim como acontece desde 2017, a Claro lidera em portabilidade com um saldo líquido positivo de 709 mil pedidos, uma queda de 60% ante 1,7 milhão de 2022. Com uma redução de 1,3 milhão para 176 mil (queda de 86%), a Vivo aparece em segundo no saldo líquido.

Do outro lado da balança, a TIM teve resultado negativo com perda líquida de 775 mil desconexões via portabilidade, um aumento de 86%.

Entre as MVNOs, o destaque é a Surf Telecom. Com seu portfólio baseado em marcas como Correios Celular, Fla-Chip e Uber Chip, a companhia teve um saldo positivo com 82 mil pedidos de portabilidade. A última vez que teve um número significativo foi em 2019, 170 mil requisições.

Saldo líquido de portabilidade entre 2008 e 2023 (fonte: Anatel)

Debutante

Histórico com o total de pedidos de portabilidade entre 2008 e 2023 (fonte: Anatel)

De acordo com dados da Anatel, o País acumula 67,7 milhões de requisições de portabilidade desde 2008, o que equivale a uma média anual de 4,2 milhões solicitações de clientes que mudaram de operadora nesses 15 anos.

Ao mesmo tempo, os dados mostram como o mercado de telecomunicações mudou desde o começo do serviço, com empresas que deixaram o mercado (por aquisição ou fusão), mas que tinham um papel relevante na portabilidade.

Por operadora, a Claro é aquela com melhor saldo líquido acumulado nesse período: 9,6 milhões. Em seguida estão:

  • Vivo com 2,3 milhões;
  • Nextel, que foi comprada pela e incorporada à Claro, com 1,7 milhão;
  • Surf Telecom com 505 mil;
  • Americanet, que passa por fusão com a Vero, com 130 mil;
  • Datora com 3 mil;
  • Brisanet com 1,2 mil.

Por sua vez, a Oi, que teve sua operação móvel comprada e fatiada entre Claro, TIM e Vivo, foi a maior perdedora por portabilidade, com 8 milhões mudanças acumuladas. Na sequência aparecem:

  • TIM, com 6 milhões;
  • Algar, com 392 mil;
  • Sercomtel, que é do grupo Ligga, com 14 mil;
  • E a Porto Seguro, que já deixou o mercado, com 5 mil.

Saldo líquido total dos últimos quinze anos (fonte: Anatel)