|Mobile Time Latinoamérica| A Huawei mantém 12 zonas de disponibilidade de data centers na América Latina, distribuídas entre Chile, Brasil, México, Argentina e Peru, e planeja construir mais três este ano. A expansão deve acontecer no Chile e no México, informa a empresa. O investimento em cloud é uma das prioridades da companhia para a América Latina em 2024, aponta Atilio Rulli, vice-presidente de relações públicas da Huawei para a América Latina e Caribe, em entrevista para Mobile Time.

“A Huawei é reconhecidamente uma marca que ecoa forte na América Latina. Não estamos falando somente de conectividade, que é a nossa origem, mas também de uma diversidade de tecnologias com as quais trabalhamos, passando por nuvem, dispositivos pessoais e energia solar”, comenta Rulli.

O executivo enxerga uma crescente demanda por nuvem na região, puxada pelo aumento de soluções de IoT e também por exigências legais de armazenamento local de dados ou de manutenção dos mesmos por determinado período de tempo. “Estamos em uma curva bem ascendente (de demanda por cloud)”, afirma.

Rulli entende que a Huawei está bem posicionada no mercado de nuvem e destaca suas vantagens: “somos o único provedor de nuvem que produz seus próprios equipamentos de data center. O storage do nosso data center é Huawei. A conectividade do data center é Huawei. Vários switches são Huawei. Os outros montam seus data centers com storage de A, switch de B, processador de C, mas isso encarece o projeto. Aumenta o TCO (total cost of ownership) porque tem contrato de manutenção com um monte de gente. E quando tem problema não sabe a quem recorrer”.

A empresa também está pronta para realizar projetos de data centers modulares, que começam pequenos e podem escalar rapidamente. Não há nenhum desses ainda na América Latina. O exemplo mais conhecido implementado pela companhia é o do aeroporto de Dubai, cita o executivo.

5G

Em redes móveis, a Huawei afirma ter hoje mais de 50% de market share na América Latina e Caribe. E está otimista com a demanda que virá em 2024 por conta do cumprimento de obrigações de cobertura em 5G e também com a implementação das primeiras redes dessa tecnologia em mercados onde o leilão acabou de acontecer.

Sobre a perseguição que a fabricante sofre em alguns mercados por causa de sua origem chinesa, Rulli acredita que a melhor resposta vem dos seus próprios clientes: “sem dúvida a Huawei é a empresa mais testada do mundo. Temos 600 operadoras clientes. Um presidente de operadora não vai comprar equipamentos para atender milhões de pessoas sem testar antes. Eles testaram e não teve nenhum problema reportado até hoje”.

Ilustração no alto: Nik Neves