A DrumWave lançou oficialmente nesta quarta-feira, 15, a Personal dWallet (PdWallet) e a Business dWallet (BdWallet), duas carteiras digitais para que pessoas e empresas possam armazenar seus dados e licenciá-los para outras partes. A proposta é que os consumidores usem a carteira como uma poupança de dados e, em uma outra fase do projeto, possam compartilhar informações com empresas, recebendo compensações financeiras ou ofertas em troca.

Cabe à DrumWave ser uma intermediária para que as pessoas tenham acesso aos dados e possam licenciá-los a terceiros. As carteiras de dados serão distribuídas de forma gratuita pela DrumWave para pessoas físicas e agentes de dados (empresas que possuem os dados do consumidor e que têm a BdWallet). E ambas as partes – consumidor e empresa – são coproprietários desses dados. Assim, quando uma terceira parte se interessar por esse dado, ela deverá pagar um determinado valor – que será distribuído aos coproprietários, além de um share para a DrumWave.

Vale dizer que na carteira não há dados, mas certificações que comprovam a existência do dado.

DrumWave

Anúncio da DrumWave. Crédito: divulgação

Depois de abrir a carteira de dados, a pessoa deve requerer seus dados às empresas listadas que também possuem a carteira digital na DrumWave. Assim, os dados são certificados, convertidos em ativos digitais e depositados na poupança. A partir de então, os dados ficam sob custódia da pessoa e da empresa e o titular poderá definir como ele será usado e para quem ele será compartilhado.

Na fase de ganhos financeiros – que deve acontecer ainda este ano – a empresa estima que os dados podem gerar entre R$ 200 e R$ 500 por mês após o primeiro ano poupando.

DrumWave para empresas

As empresas são convidadas pelos consumidores a participar do ecossistema oferecido pela DrumWave.

“Tirando as poucas big techs, as empresas não se beneficiam da jornada de dados. Não usam como fonte de receita. Algumas até podem gerar uma pequena receita, mas é pequena para os seus negócios. Como empresa, você pode se interessar em participar desse ecossistema como um diferencial competitivo”, afirma Patrick Hruby, COO da DrumWave.

Hruby fez uma analogia com o início dos cartões de crédito no país. As lojas que aceitavam o meio de pagamento colocavam adesivos para informar aos clientes “aqui aceita-se cartão de crédito”. Para o executivo, a lógica será a mesma. “Esse começo será semelhante. A loja vai apresentar o cartão ‘Aqui damos copropriedade dos dados’ e o consumidor pode escolher comprar em um lugar e não no outro”, diz.

O executivo acredita que os benefícios para as empresas vão além do diferencial competitivo. Ela poderá oferecer produtos e serviços que sejam enriquecidos com dados, algo diferenciado no mercado, além de gerar uma renda complementar de copropriedade de dados. “Esses dados licenciados passam a ser oferecidos às empresas do ecossistema e essas terceiras pagarão pelo uso desses dados aos coproprietários. São muitos benefícios e são diferentes de acordo com o segmento”, completa.

Rafael Andrezo, diretor de economia da Drumwave, lembra que os dados serão enriquecidos a partir de combinações.

“Os dados estão em silos, há uma riqueza muito maior a ser explorada quando você começa a combinar os dados que hoje estão nestes silos por meio do licenciamento no âmbito da plataforma da DrumWave”, explica. “Quando se faz o reuso desses dados por diferentes empresas, de ramos diversos, isso gera mais insights e mais riqueza”, continua.

A DrumWave possui 40 empresas de diferentes setores na carteira digital.

 

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