ISP Bank

Cristiano Alves, diretor Comercial da TIP Brasil ficou surpreso com a aceitação do ISP Bank entre os provedores de Internet e estima ter o número de clientes que projetava ter em quatro anos em um ano apenas. Foto: divulgação

A TIP Brasil, empresa de soluções de conectividade, e o LogBank, do grupo Stefanini, responsável por desenhar meios de pagamento e arranjos financeiros, uniram-se para criar uma plataforma de pagamento white label direcionada para o segmento de provedores de Internet. Batizada de ISP Bank, a companhia permite que ISPs sejam fintechs e ofereçam serviços financeiros tanto para clientes como para seus colaboradores.

Na época do lançamento do projeto, em meados de abril, a estimativa era ter 100 provedores clientes em quatro anos. Mas como estão com 20 clientes na carteira em apenas quatro meses, Cristiano Alves, diretor Comercial da TIP Brasil, mudou as projeções. A ideia agora é ter o mesmo número de clientes em sua base até meados do ano que vem. “É o plano quatro anos em um”, brinca Alves. Segundo o executivo, os primeiros contratos vieram apenas com a divulgação da nova solução entre os clientes da TIP Brasil.

“Tivemos uma aceitação muito boa no mercado. É uma vertical nova para o provedor, mas eles entenderam as possibilidades de ganho, tanto para dentro quanto para fora, ou seja, tanto para usar a fintech entre seus clientes como internamente, para seus colaboradores”, explica Alves.

A implementação do ecossistema de fintech entre os provedores é feita a partir de módulos. No primeiro, entra a conta de pagamento, com app desenhado para aquele provedor. Nesse momento, é possível abrir a conta, fazer transferências e transações e liberar cartão de crédito pré-pago com bandeira Mastercard. No segundo módulo chega a máquina de POS. Já no terceiro e último módulo vêm os serviços financeiros avançados, como o oferecimento de microcrédito, crédito pessoal, consórcios, seguros de vida, para carro e para celular.

Para oferecer todos esses serviços e produtos, o ISP Bank possui parceiros, como o 88i para o fornecimento de seguros, além de Bradesco e Banco Safra para microcrédito, por exemplo. “E se o provedor quiser tirar dinheiro do próprio bolso para oferecer crédito para o seu cliente, é possível”, conta.

O modelo de negócio estipulado pelo ISP Bank é de profit share. “Ou seja, só ganhamos se o provedor de Internet ganhar”, explica o diretor comercial. Para que o ISP tenha sucesso, a equipe do banco digital treina o time do provedor de Internet para vender a nova solução. Ao todo, o tempo de implementação da operação está entre 60 e 70 dias, com 10 dias de treinamento nas áreas de suporte, sistemas e máquina de cartão.

“Nossos clientes, em geral, começam trabalhando o banco internamente. Abrem conta para os funcionários, fazem pagamentos, emissão de boletos e depois começam a colocar para o cliente final. Como se fosse um período teste dentro do ecossistema”, conta Alves.

O ISP Bank ganha também com as transações feitas pelo cliente final, como TEDs, pagamento de boleto, uso do cartão pré-pago. “Ganhamos dinheiro quando ele gasta dinheiro”, diz.

No momento, o foco está nos ISPs de médio e grande porte. Mas, no futuro, Alves acredita que deve sair um produto voltado para os pequenos provedores. “No momento, o custo de entrada é muito alto. Vale para empresas com mais de 10 mil clientes”, explica.

Sobre a TIP Brasil

A TIP nasceu em 2011 como uma operadora de telefonia fixa. De lá para cá, agregou uma série de serviços para prover empresas de telecomunicações, como PABX virtual, TV por assinatura e, mais recentemente, lançaram uma operadora móvel virtual (MVNO) e, atualmente contam com 150 mil chips ativos pelo País. A TIP é uma credenciada da Americanet.