Carlos Baigorri; Anatel

Carlos Baigorri, presidente da Anatel, em participação de evento promovido pela PwC sobre 5G nesta sexta-feira, 16. Imagem: reprodução de vídeo

Depois que o presidente do Gaispi, Moisés Moreira, citou a possibilidade de se fazer a limpeza de cidades acima de 500 mil habitantes e inserir municípios vizinhos menores, Carlos Baigorri, presidente da Anatel, também mencionou essa possibilidade,  dessa vez, em evento virtual promovido pela PwC sobre o 5G nesta sexta-feira, 16.

Agrupar as cidades em clusters urbanos vai ser uma grande oportunidade. Vejo como uma oportunidade para os novos players que ganharam o leilão”, disse Baigorri. “É uma forma de acelerar a meta de limpeza de algumas cidades e isso pode antecipar as operações de 5G das operadoras vencedoras”, complementou.

O presidente da Anatel comentou também que essas entrantes, basicamente do mercado de fibra ótica, vão encontrar dificuldades, uma vez que se trata de um segmento diferente do de telefonia móvel.

“O principal foco da Anatel é fazer com que esses operadores consigam se lançar e se tornarem viáveis. Vemos que eles ainda têm uma longa trajetória para concorrer no mercado móvel com os players estabelecidos ao longo dos anos”.

Compartilhamento de infra

Ao comentar sobre os novos entrantes, Baigorri também abordou sobre a parceria anunciada entre Vivo e Winity. E afirmou que o mercado móvel nunca esteve tão concentrado, com três operadoras nacionais. Aproveitou para comentar sobre o mercado secundário de espectro: “Temos um acordo sendo avaliado justamente da Winity com o aluguel de parte do seu espectro para a Vivo. E estamos avaliando isso. Está no começo da instrução. Mas o mercado secundário de espectro é isso: garantir que esse ativo seja alocado da forma mais eficiente possível”, resumiu.

O vice-presidente B2B da Telefónica, Alex Salgado, que também participou do evento promovido pela PwC, disse sobre o assunto que o compartilhamento de infraestrutura é “primordial para as empresas avançarem na cobertura o mais próximo possível de sua plenitude. Vamos trabalhando junto com a Anatel para que essas empresas se desenvolvam para usarem infra das operadoras, mas vice-versa também, com uso de infra em lugares onde não estamos”, complementou.