O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formalizou a parceria com o Telegram para o combate à desinformação nas eleições de 2022. É a primeira vez que o aplicativo assina um acordo de cooperação com um órgão de Justiça eleitoral no mundo.

O documento envolve a criação de um canal oficial do TSE na plataforma para divulgar informações oficiais sobre as eleições, suporte da equipe técnica do Telegram para o desenvolvimento de um robô para tirar dúvidas dos usuários sobre as eleições, o desenvolvimento de uma nova funcionalidade na plataforma para marcação de conteúdos “desinformativos”. O Telegram se comprometeu ainda a apoiar o TSE na divulgação do canal para todos os usuários no País.

Em contrapartida, o tribunal deverá fornecer informações e relatórios sobre o desenvolvimento das eleições que possam ser importantes para que o aplicativo desenvolva políticas internas e melhores práticas.

Na abertura da sessão do TSE desta terça-feira, 17, o ministro Edson Fachin anunciou a celebração do acordo e declarou: “Um importante passo, que revela que o TSE está na vanguarda mundial do enfrentamento à desinformação, rumo à realização das eleições em outubro. Sigamos adiante, firmes no propósito de defesa da democracia”.

Resistência

O Telegram foi a última plataforma a firmar acordo com o TSE. Por diversas vezes, autoridades brasileiras tentaram entrar em contato com a empresa, mas não houve resposta. A plataforma passou a se posicionar depois que o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão de seus serviços no País, decisão que foi revogada em seguida.

Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube, LinkedIn, Kwai e Spotify já fazem parte do programa de enfrentamento à desinformação da justiça eleitoral.

De acordo com a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel no Brasil, o Telegram está instalado em 60% dos smartphones brasileiros.