O uso de inteligência artificial para viabilizar um atendimento hiperpersonalizado é uma das principais tendências do mercado, aponta o diretor geral para a América Latina da Sinch, Mário Marchetti, em conversa recente com Mobile Time.
“Estamos caminhando para a hiperpersonalização da conversação. Os consumidores recebem uma enxurrada de mensagens e não gostam porque muitas vezes não são personalizadas. A grande tendência do mercado é a utilização de inteligência artificial para que aconteça essa hiperpersonalização. Ao ganharem escala, as empresas pecam por não saberem customizar, personalizar”, comenta o executivo.
A Sinch utiliza IA generativa para a análise dos dados e comportamento do consumidor, ajudando no processo de compreensão e personalização das conversas. A empresa trabalha com diversos modelos diferentes de LLM, sendo agnóstica nesse aspecto.
Brasil à frente
A Sinch é uma empresa de origem sueca e que mantém uma operação global. A América Latina e particularmente o Brasil estão entre os mercados mais avançados na adoção da interface conversacional, na sua visão.
“A América Latina é pioneira em projetos de conversação. Estamos anos à frente de outras regiões”, avalia Marchetti. “Os latino-americanos adoram conversar. A interface conversacional é um caminho sem volta”, acrescenta.
Dentro da América Latina, o diretor da Sinch enxerga o Brasil como o mercado mais maduro no uso dessa tecnologia, seguido por México e Colômbia.
O centro mundial de IA da Sinch fica no Brasil, assim como seu centro de controle de fraudes. Ambos estão localizados em Campinas. “O Brasil exporta tecnologia para a Sinch global”, relata.
Somente no Brasil a Sinch tem cerca de 300 colaboradores. Para efeito de comparação, no México são 80 e na Colômbia, 20.
“A Sinch é uma empresa aberta para o mundo, presente em mais de 60 países. E o Brasil tem uma importância grande para ela”, resume Marchetti.
A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA