A subsidiária russa do Google deverá pedir falência, de acordo com reportagem do site The Verge nesta quarta-feira, 18, com a empresa afirmando que não pode mais manter a filial.

Segundo a reportagem, o Google na Rússia gerou receita de 134,3 bilhões de rublos (cerca de US$ 2,09 bilhões) em 2021 e empregou mais de 100 trabalhadores.

Em março, o Google suspendeu a venda de anúncios na região logo depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. O YouTube, de propriedade do Google, também baniu anúncios em canais pertencentes à mídia estatal russa e, posteriormente, bloqueou completamente esses canais.

Multas

Em dezembro passado, a Rússia multou o Google em 7,2 bilhões de rublos (cerca de US$ 98 milhões) por não remover de suas plataformas conteúdo que a Rússia considera ilegal. A multa representou cerca de 8% da receita do Google naquele país.

Há também rumores de que as autoridades apreenderam 1 bilhão de rublos (cerca de US$ 15 milhões) do Google em abril, depois de não restabelecer o acesso à conta do canal no YouTube. O regulador de comunicação da Rússia também ameaçou o Google com uma multa, mais modesta, de 8 milhões de rublos (cerca de US$ 95 mil) depois que removeu vídeos “ilegais” do YouTube.

O Google parece ser a primeira big tech a declarar falência na Rússia como resultado da guerra na Ucrânia. Outras empresas, como Netflix, TikTok, PayPal, American Express, além de Apple, Spotify, Meta e Microsoft, suspenderam as operações no país, mas não declararam falência de suas filiais russas.

Embora a Rússia não tenha chegado ao ponto de proibir os serviços do Google no país, suspendeu o acesso ao Facebook e Twitter e logo depois do Instagram.

O Google diz que seus serviços gratuitos ainda estarão disponíveis no país.