88% dos internautas brasileiros com smartphone declaram que já realizaram uma videochamada pelo aparelho, revela a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps no Brasil. A prática é mais comum entre as pessoas de 16 a 49 anos (90%) do que entre aquelas com 50 anos ou mais (81%). É a primeira vez que pesquisa investiga esse serviço.

52% daqueles já realizaram videochamadas pelo smartphone afirmam que o hábito aumentou desde a quarentena. 39% dizem que a frequência não mudou e apenas 8% informam que diminuiu. Cabe destacar uma diferença quando feito o recorte por classe social: enquanto 65% dos usuários desse serviço nas classes A e B declaram terem aumentado a frequência de videochamadas com a pandemia, nas classes C, D e E o percentual é menor: 48%. Uma das explicações pode estar na diferença da natureza dos empregos de acordo com a classe social: no grupo com maior renda há uma proporção maior de pessoas que trabalham em escritórios e que, durante a quarentena, passaram a trabalhar em casa, realizando videochamadas.

O aplicativo que o brasileiro mais usou até hoje para videochamada é o WhatsApp, experimentado por 95% daqueles que já realizaram chamadas em vídeo. Em seguida aparecem Messenger (30%), Skype (26%) e Zoom (22%). É natural a liderança do WhatsApp se levarmos em conta que ele é o mais popular do Brasil, instalado em 99% dos smartphones e presente na primeira tela de 57% dos aparelhos nacionais.

Quando a pergunta é sobre qual aplicativo a pessoa mais tem usado atualmente para videochamadas, a ordem do apps muda. O WhatsApp permanece em primeiro lugar, citado por 80% dos usuários, mas o Zoom sobe para a segunda posição (8%). Isso indica seu ganho de popularidade desde que começou a pandemia, comprovado também nos rankings das lojas de aplicativos, onde figura entre os mais baixados das últimas semanas.

Em alguns apps, há diferenças marcantes de acordo com a renda mensal do usuário. Hangouts e Microsoft Teams são mais usados por pessoas das classes sociais A e B do que por aquelas das classes C, D e E. O único app cuja preferência é maior entre os brasileiros em faixas de menor renda é o WhatsApp. Os demais têm proporções similares, com diferenças dentro da margem de erro, quando analisado o uso por classe social.

O questionário da pesquisa foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line entre 6 e 13 de maio de 2020 por Opinion Box junto a 2.017 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.

O relatório completo da pesquisa está disponível para baixar neste link.