A Huawei e a fabricante de mapas de navegação TomTom fecharam um acordo para que a holandesa forneça opções de produtos com o HarmonyOS, novo sistema operacional da chinesa. Com isso, os próximos dispositivos da Huawei vão chegar ao mercado com os navegadores de GPS TomTom no lugar do Google Maps. O acordo permite que a Huawei acesse mapas digitais, serviços de navegação e dados de tráfego.

A notícia do acordo veio após a Huawei realizar sua primeira conferência de desenvolvedores de aplicativos no Reino Unido, como parte de seus esforços para construir um ecossistema robusto capaz de brigar com Google e Apple. A fabricante planeja injetar 20 milhões de libras para fomentar desenvolvedores do Reino Unido e da República da Irlanda.

A solução parece ser uma saída para driblar as sanções que proíbem que a Huawei faça negócios com empresas americanas como a Alphabet, com o Google e o sistema operacional Android. Atualmente, a fabricante chinesa se vira com o código aberto do Android em seus handsets e ainda desenvolve o HarmonyOS. Porém, a Huawei já declarou algumas vezes que sua prioridade é manter o Android como OS de seus smartphones e tablets.

Relembre

No início de novembro, a Huawei lançou a Huawei Mobile Services (HMS), plataforma global aberta que incorpora os recursos de chip, dispositivo e nuvem da empresa chinesa e integra um conjunto de serviços principais da HMS (HMS Core), ferramentas e plataformas para desenvolvimento e testes de IDE, além de aplicativos como o AppGallery e o browser, que em breve estarão disponíveis para a América Latina. O ecossistema de Internet móvel inteligente HMS, que deriva dos Huawei Device Cloud Services, é formado por recursos-chave como aplicativos e serviços proprietários da Huawei e aplicativos de terceiros.

Em meados de novembro, os Estados Unidos estenderam mais uma vez por 90 dias a licença da Huawei. Porém, o futuro ainda é incerto.

No dia 22 de novembro, a Federal Communications Commitions (FCC) aprovou resolução para barrar operadoras beneficiárias de recursos do Universal Service Fund (USF) de adquirirem novos equipamentos e serviços das fornecedoras chinesas Huawei e ZTE, sob alegação de riscos à segurança cibernética do país. A reguladora norte-americana também solicitou contribuições sobre o formato e o financiamento de um plano para remoção e substituição de produtos das duas empresas em redes de operadoras que tenham utilizado o subsídio.