A pandemia levou muitas empresas a fecharem seus escritórios e a enviarem seus funcionários para trabalharem de casa, mas quase nenhuma estava preparada para isso. Foi preciso comprar ou alugar equipamentos, como laptops, e desenvolver soluções de acesso remoto aos sistemas corporativos. Neste cenário, a Safira, companhia brasileira especializada em gestão de telecom, acelerou um projeto que já estava em seu roadmap: a oferta de gestão de ativos de TI.
“Era um produto que já estávamos criando. Aí veio a pandemia e o ‘time to market’ virou agora. Apareceu uma demanda muito maior e direcionada do que aquela que existia até então. Percebemos isso na nossa própria base de clientes”, relata Sonaira San Pedro, cofundadora e líder de pós-vendas na Safira, em conversa com Mobile Time.
A Safira está oferecendo não apenas a locação de equipamentos de TI, mas o gerenciamento desses ativos, com indicadores de produtividade que são apresentados aos gestores. É possível acompanhar as horas trabalhadas, os sites e softwares acessados e até mesmo a distância diária percorrida pelo mouse do funcionário. “Mas não adianta só medir isso se não cruzar com indicadores de negócios”, ressalta a executiva.
No começo da pandemia, os contratos de gestão de TI eram de dois ou três meses, sem fidelidade. Agora, são de 24 a 36 meses, em um sinal de que as empresas não pretendem trazer seus funcionários de volta para os escritórios em tempo integral tão cedo, ou então adotarão um modelo híbrido, comenta San Pedro. “É um caminho sem volta”, resume Fernando Valente, cofundador e líder de desenvolvimento de negócios na Safira.
Por sinal, a empresa fez uma pesquisa sobre o tema com seus cerca de 100 clientes e outros 250 prospects: menos de 10% pretendem voltar integralmente para os escritórios no ano que vem.
As perspectivas para a nova área de negócios da Safira, portanto, são promissoras. “Neste ano TI deve responder por 8% a 10% da receita da Safira. E em 2021 deve chegar a algo entre 25% a 30%”, projeta Valente.