O CEO da Unifique, Fabiano Busnardo, confirmou que a companhia tem interesse no bloco de 700 MHz, se colocado novamente em leilão. Em conferência com analistas de mercado para apresentar o relatório financeiro de 2023, Busnardo afirmou que seria interessante para a operadora ter acesso a essa faixa, pois poderia melhorar a performance e avançar para o 4G – a operadora por enquanto tem apenas 5G.

Atualmente, Busnardo afirmou que o fato de não ter o LTE é um dos entraves para o crescimento da operadora no segmento móvel, uma vez que a base de dispositivos 5G é pequena na região em que atua. Dito isso, o executivo descartou qualquer possibilidade de investir em 3G, pois “a tecnologia é ultrapassada”.

O executivo enxerga dois cenários para o 700 MHz: “Se colocar em leilão, podemos tentar adquirir e se for para outra empresa (Highline ou Datora), nós podemos fazer composição de utilização da frequência”, explicou.

Histórico

Vale lembrar, a Winity devolveu esta frequência para a Anatel no começo de 2024, mesmo após ter o aval para seguir em uma parceria comercial com a Vivo. A partir da renúncia, a Anatel considera duas propostas para o uso do 700 MHz:

  1. A oferta desta frequência em um novo leilão;
  2. Ou oferecer para o segundo colado (Highline) e depois ao terceiro colocado (Datora), caso o segundo não aceite.

Paralelamente, a reguladora disponibilizou a frequência para uso secundário em cidades que as novas entrantes (Brisanet, iez!, Ligga e Unifique) atuem.

Neste caso, a Unifique pediu para utilizar o espectro nos estados inteiros de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre fevereiro e julho deste ano, os blocos são oferecidos apenas às novas entrantes com validade de três anos.

Em novembro de 2021, a Winity arrematou o primeiro bloco do certame (A01) com 20 MHz na frequência de 700 MHz por R$ 1,4 bilhão (com valor mínimo de R$ 157 milhões). As contrapartidas são a adição de 4G em rodovias e localidades.

Imagem principal: Arte feita por Nik Neves para Mobile Time