Até as 16h30 desta quinta-feira, 21, 2.029 celulares foram bloqueados pela plataforma Celular Seguro (Android, iOS), desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com Anatel, Febraban e Conexis. Ao todo, ou seja, em apenas 48 horas, mais de 411 mil pessoas se cadastraram na ferramenta e foram registrados 290 mil celulares, sendo 270 mil com indicação da pessoa de confiança, responsável por realizar o bloqueio para quem perdeu, foi roubado ou furtado. A solução foi lançada na última terça-feira, 19.

Nesta mesma quinta-feira, mais uma associação assinou o protocolo de intenções para participar da plataforma Celular Seguro. Desta vez foi a Abranet (Associação Brasileira de Internet), representante de empresas como Mercado Livre, Pagbank, Recarga Pay e PicPay. O documento foi assinado pela diretora de meio de pagamento da instituição, Caroline Maciel, nesta quinta-feira, 21, em Brasília.

O conjunto de empresas da Abranet soma 40 milhões de cartões emitidos no Brasil.

O que é o Celular Seguro

O Celular Seguro é um app e um site que auxilia as pessoas que tiverem seus dispositivos móveis perdidos, furtados ou roubados a bloquearem seu uso de modo que criminosos não tenham acesso aos aplicativos e aos dados do aparelho. A iniciativa conta com a participação de bancos, instituições financeiras, plataformas digitais, aplicativos de delivery, transporte individual, entre outras empresas e entidades.

A ideia é que, ao ter o celular roubado ou furtado, a pessoa acione a plataforma e as empresas se encarreguem de bloquear seus aplicativos. Cabe à Anatel bloquear o IMEI do dispositivo. As principais operadoras do País – Algar Telecom, Claro, Ligga, TIM e Vivo – prometem começar a bloquear o uso da linha de telefone e do SMS até 9 de fevereiro.

Como funciona

A pessoa deve baixar o app Celular Seguro ou realizar o cadastro pelo site. O login deverá ser feito por meio do Gov.br. Em seguida, aparecerão os termos de uso e a pessoa deverá fazer o aceite. Vale dizer que este documento é apresentado no primeiro acesso e é onde estão os nomes das empresas e entidades participantes do projeto, além dos procedimentos de cada uma delas.

Depois disso, a pessoa é encaminhada para a tela principal do aplicativo, onde estão as três funções básicas: cadastro de pessoa de confiança; registrar um telefone; e registrar ocorrência.

A pessoa de confiança é aquela que vai ajudar quem foi roubado ou furtado a fazer o registro de ocorrência na plataforma.

Não há limites para o número de telefones registrados, porém, a linha telefônica deve estar no CPF da pessoa que realiza o cadastro.

Em caso de perda, roubo ou furto, somente o dono do celular ou a pessoa indicada poderá registrar a ocorrência na plataforma do Celular Seguro.

Ao registrar uma ocorrência, a pessoa se identifica – se é dona do celular ou a pessoa de confiança – e informa onde, como e quando aconteceu a ocorrência. Ao finalizar, um número de protocolo é gerado e as entidades participantes são acionadas.

Foto de abertura da matéria: Tom Costa/MJSP