As pessoas já podem baixar o aplicativo Celular Seguro nas lojas do Google e da Apple (Android, iOS). A ferramenta que pretende bloquear o dispositivo móvel em caso de furto ou roubo estava disponível somente em sua versão web e, em menos de 24 horas, já tinha 150 mil cadastros de usuários realizados na plataforma e, às 8h desta quarta-feira, 20, 98 mil celulares já estavam registrados. Neste período, a ferramenta recebeu 735 alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos. A iniciativa é do MJSP em parceria com Anatel, Febraban e Conexis, além de empresas e outras entidades.

Ao todo, até às 8h de hoje, foram mais de 100 mil downloads do aplicativo somente para Android – a Apple não tinha informado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública quantos downloads foram realizados em sua plataforma.

Quando um celular é furtado ou roubado, a pessoa deve acessar a plataforma do Celular Seguro – ou uma pessoa de confiança, previamente cadastrada – para enviar a informação às empresas. O banco, por exemplo, bloqueará o seu app. A Anatel, que também será informada do ocorrido, bloqueará o IMEI do dispositivo, impossibilitando o uso para ligações ou para dados móveis. As empresas parceiras – como iFood, 99, Uber – bloquearão o acesso a seus apps.

Durante a cerimônia de lançamento da plataforma, Ricardo Capelli, secretário-executivo do MJSP, informou que estão em negociações o bloqueio dos sistemas operacionais, tanto com Google quanto com Apple. Mas ainda não há previsão de que isso aconteça.

Em conversa com o jornal O Globo, Capelli também disse que está discutindo com Meta para que suas plataformas – Facebook, Instagram Messenger e WhatsApp – também entrem na plataforma e possam ser bloqueadas.

Vale dizer que fazer a ocorrência na plataforma Celular Seguro não substitui o registro de boletim de ocorrência online ou presencialmente em uma delegacia de polícia.

Outro ponto importante é que não existe a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja recuperado, a pessoa terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros do projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos, para reativar os acessos.

Fazem parte do projeto: Banco do Brasil, Banco PAN, BTG, Bradesco, Caixa, Inter, Itaú, Santander, Safra, XP, Sicoob, Sicred, Zetta, iFood, 99, Uber, Google, além das entidades Abinee, Conexis, ABR Telecom, Febraban e Anatel.

Entre as associações que assinaram o protocolo de intenções está a Zetta, que representa empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros digitais. Entre seus mais de 30 associados estão Nubank e Mercado Pago.

Termos de uso

Os termos de uso sobre privacidade do usuário do Celular Seguro informam que os dados podem ser compartilhados “para investigações ou tomar medidas relacionadas a atividades ilegais, suspeitas de fraude ou ameaças potenciais contra pessoas, bens ou sistemas que sustentam o Serviço ou de outra forma necessárias para cumprir com obrigações legais.” E caso a justiça seja notificada, a administração pública deverá informar aos titulares dos dados – a menos que o processo esteja correndo em segredo de justiça.

O Celular Seguro também usa alguns cookies. Entre eles um que registra o idioma em que o site deve ser exibido, um segundo para manter o usuário informado sobre o tempo de sessão e tempo limite de inatividade; e um terceiro que “mantém as informações de política de segurança para garantir a validação da requisição e sessão do usuário”.