WIN!

Luiz Silva é CEO da WIN!, empresa baseada em Londres que chega ao Brasil para oferecer solução de comunicação segura. Foto: divulgação

A startup WIN! traz para o Brasil uma solução voltada para a comunicação das forças de segurança pública. Batizado com o mesmo nome da empresa, WIN! – Wireless Intelligence Limited –, o aplicativo permite a esses profissionais ter acesso móvel em banda larga a plataformas centralizadas de processamento de dados para inteligência, investigação e resposta a emergências e capaz de integrar voz, vídeo e dados. A solução pode ser acessada por celular ou tablet. De acordo com o seu CEO, o brasileiro Luiz Silva, morador de Londres, com a chegada da tecnologia de quinta geração, a ferramenta será ainda mais rápida e eficiente. Para isso, a solução foi demonstrada recentemente no laboratório de pesquisa e desenvolvimento de 5G do Centro Universitário Facens, em Sorocaba, no interior de São Paulo.

O aplicativo funciona perfeitamente no 4G, “mas o 5G traz uma capacidade de throughput de análise de dados ainda maior”, complementa Sérgio Coutinho, COO para as Américas da WIN!, em conversa com Mobile Time.

Coutinho explica que as redes 5G devem ser mais resilientes e ideais para a solução. E, apesar das incertezas da quinta geração de rede móvel no Brasil, a WIN! segue com o intuito de usá-la. “Foi importante a demonstração no Facens para provar e ver que ela é compatível e funciona”, resume.

Silva, por sua vez, explica que a vantagem da WIN! é a integração de diferentes aplicações. “Por trás, a ferramenta entrega soluções em analytics, vídeo, dados e som. É um parceiro estratégico para as forças de segurança. Tudo isso em uma plataforma integrada”, explica Silva, fundador e CEO da WIN!.

A solução desenvolvida é capaz de deslocar os melhores agentes – mais próximos e mais capacitados – para uma determinada ocorrência. A solução pode estar integrada a uma bodycam, por exemplo, e, neste caso, é capaz de reconhecer a imagem e fazer uma busca no banco de dados, ou seja, fazer reconhecimento facial. “Como pretendemos prover a banda larga, os recursos são acessados muito rapidamente” explica Sergio Coutinho, CEO Américas da WIN!

MVNO

O COO da startup explica que há três opções de meios para usar a WIN!. A primeira é montar uma rede privativa 4G dedicada às forças de segurança, mas é uma solução muito cara. A segunda, usar as redes públicas. “Mas existe a questão da prioridade (de fluxo de dados) e, por isso, seria preciso alterar o Marco Civil da Internet”, explica Coutinho. A terceira solução é integrar a aplicação que roda em cima das redes que já existem com os equipamentos de rádio atuais. “Neste caso, a integração com o smartphone permite a comunicação com os rádios das forças de segurança”, resume Coutinho.

No momento, a terceira opção é a mais viável. Mas uma das ideias analisadas pelos executivos é montar uma operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês) própria no Brasil. “É uma tendência mundial. A criação da MVNO é o próximo passo a darmos (no Brasil). Até porque, isso proporcionaria uma maior cobertura. Mas ainda não começamos as conversas. Estamos em fase preliminar dos nossos estudos”, resume o executivo que estima oferecer uma operadora móvel virtual para o uso da WIN! apenas no ano que vem, caso os estudos confirmem a viabilidade da solução.

Sobre a WIN!

A startup oferece soluções baseadas na integração de tecnologias de segurança, inteligência artificial e comunicação sem fio. A WIN! oferece infraestrutura para operadoras implementarem redes móveis 5G e desenvolve projetos de redes privadas LTE, além de atender à demanda por serviços de segurança pública e aplicações de missão crítica.

Coutinho estima que o Brasil tenha 1 milhão de agentes públicos espalhados no departamento penitenciário, na Polícia Civil, na Polícia Federal, no SAMU e na Guarda Municipal. No entanto, além desses núcleos, o executivo acredita que a ferramenta de comunicação também pode ser usada em outros segmentos. “Nossa solução também pode ser voltada para portos, aeroportos, transportes de óleo e gás. E podemos atender clientes com comunicação privada crítica relevante”, diz Coutinho.