O diretor de tecnologia do Itaú, Fábio Napoli, afirmou que o 5G ofertado pelas operadoras traz todas as suas promessas, como alta velocidade, baixa latência e conexão com uma série de dispositivos em um mesmo ponto. Mas entende que faltam aplicações financeiras para a quinta geração de redes celulares.

Durante o Itaú 5G Tech Day, evento organizado pelo banco na última quarta-feira, 22, o executivo explicou que o encontro com a comunidade de telecomunicações era uma “provocação”, em especial para um trabalho mais assertivo das operadoras na criação de mais aplicações. Deu como exemplo, a possibilidade de pegar todo o arcabouço técnico do Pix e colocar como um serviço em nuvem.

Em resposta ao pedido, Alex Salgado, CRO da Vivo, propôs o teste com uma agência digital totalmente conectada ao 5G, inclusive com dispositivos. Por sua vez, Alexandre Dal Forno, diretor executivo da TIM, sugeriu um teste para clientes de investimento do banco que fazem operações financeiras e, em teoria, precisariam de baixa latência.

Napoli e seu superintendente de tecnologia, Augusto Nellesen, aceitaram a proposta da Vivo e a estenderam para TIM e Claro, que estava representada por José Formoso, CEO da Embratel.

Já a proposta de Dal Forno foi vista como “interessante”, uma vez que pode tirar um intermediário, como a plataforma de processamento dentro da bolsa de valores.

5G na ponta

Por sua vez, Nellesen disse a Mobile Time que espera um avanço do 5G no aplicativo do banco também. Um exemplo de testes ocorrendo dentro do banco é o atendimento em tempo real e interativo, ao combinar videochamada, dados e voz. Ou seja, um profissional do banco pode entrar em contato com seu cliente e mostrar opções de investimento com uma planilha e trabalho em conjunto em aberto.

“Teremos isso em todo atendimento do banco. Do atacado até a agência”, disse o superintendente. Nellesen confirmou ainda que essa solução está em testes nas áreas de agência digital e atendimento empresarial da instituição financeira.