Manifestação de entregadores contra os apps que aconteceu no dia 14 de julho

A Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O) enviou nesta sexta-feira, 24, um comunicado a respeito das manifestações realizadas por motociclistas. A entidade, que representa startups de mobilidade urbana e delivery, afirmou que respeita o direito de motoboys e entregadores de aplicativos se manifestarem e reafirma que está aberta ao diálogo com todos os parceiros envolvidos na cadeia da operação.

“A pandemia impôs desafios para todos: comércio, entregadores, consumidores e plataformas digitais. Com isso, estamos empenhados em conversar com cada elo que compõe nosso ecossistema para melhorar os serviços prestados. Assim, criamos um Grupo de Trabalho com a Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – para debater a situação do segmento e continuaremos nossas conversas com os entregadores e demais autônomos”, escreveu a Associação no informe.

A ABO2O relembrou algumas iniciativas realizadas pelas empresas de delivery e entregas, que beneficiariam esses profissionais, tais como: oferecimento de consultas médicas de telemedicina, seguro contra acidentes durante as entregas, distribuição de kits de higiene, com álcool em gel e máscaras, além de um material para guiar os entregadores, clientes e estabelecimentos comerciais, e os fundos para apoiar financeiramente os entregadores diagnosticados com Covid-19, com sintomas suspeitos ou que forem colocados em quarentena por uma autoridade médica.

A associação reforça dizendo ainda que não houve redução de taxas de remuneração aos entregadores e que as startups de delivery e entregas foram importantes no período de pandemia por acolher muitas pessoas que precisavam trabalhar para gerar renda. “Embora as plataformas tenham registrado aumento considerável no número de cadastros de entregadores parceiros, não houve alteração na forma como os valores das entregas são calculados e repassados”.

Vale lembrar que os entregadores planejam uma nova paralisação nacional para o próximo sábado, 25. Dessa vez, o movimento não tem o suporte do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), mas do movimento Entregadores Antifascistas.

O SindimotoSP apoiou a primeira greve, no dia 1º de julho, que reuniu 5 mil motociclistas somente em São Paulo. Houve outra manifestação em 14 de julho, no mesmo dia em que aconteceu a audiência de conciliação entre apps de delivery e o Sindicato. Porém, depois de 1h40 de conversa, o sistema do 2º Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2) sofreu um erro na transmissão do desembargador da audiência, e as negociações foram interrompidas. Como todas as partes não foram ouvidas, a audiência foi suspensa e será retomada em uma nova data a ser definida. Participaram da reunião representantes de Uber Eats, iFood, Loggi, Rappi e Lalamove.