Superbots 42

O WhatsApp (AndroidiOS) está preparando duas grandes mudanças em sua plataforma para empresas: a entrada de catálogos para contas que usam o WhatsApp Business API e um novo modelo de cobrança comercial, que entrará em vigor em fevereiro do ano que vem.

Os temas foram abordados por Marcos Oliveira, diretor de desenvolvimento de negócios do app, durante sua passagem no Super Bots Experience, evento organizado pelo Mobile Time nesta terça-feira, 24.

Catálogo

A companhia está trabalhando em catálogos que poderão ser enviados pelas empresas a seus clientes. Esse serviço está sendo desenvolvido e não dependerá do sistema de pagamento de cliente para comerciante, P2M.  Até 30 itens poderão ser incluídos nesse catálogo.

Victor Coutinho, CEO da Aarim, comentou que o catálogo agregará valor às plataformas comerciais e que 30 itens “é um bom começo”, mas espera que o WhatsApp “aumente essa quantidade” após o lançamento e evolução deste serviço, de modo que melhore a experiência do cliente.

Business model

Outra mudança importante: o WhatsApp passará a cobrar das empresas por conversa em vez de por notificação. Isso valerá mesmo quando a sessão for iniciada pelo usuário. Atualmente, o sistema do WhatsApp cobra por sessão de 24 horas mas somente quando a primeira mensagem é disparada pela empresa (geralmente uma notificação).

“Temos uma previsão de fazer uma modificação no modelo de negócios em fevereiro (de 2022). Vemos que o WhatsApp está trazendo valor e resultado às companhias. Isso é mais uma questão de adaptação, uma evolução natural do nosso modelo. Estamos trabalhando para ajustar alguns modelos. Não é um algo disruptivo”, disse Oliveira.

Roberto Marinho Filho, CEO da Conta Zap, entende a necessidade da mudança no business model do WhatsApp corporativo. Contudo, o executivo da fintech afirma que a mudança pode causar danos às startups. “A mudança é válida. Mas, dependendo da dosagem, mata”, disse Marinho Filho. “É importante lembrar que existem pequenos negócios que estão plugados no aplicativo e só sobrevivem se for um valor viável. O bom senso tem que prevalecer”, completou.