Aproximadamente 12 operadoras de telecomunicações rurais dos Estados Unidos que usam equipamentos de rede da Huawei começaram a negociar com as concorrentes Nokia e Ericsson. Segundo fontes da agência de notícias Reuters, as discussões estão em curso, mas não se espera grandes avanços até que o congresso dos EUA forneça os esperados subsídios de US$ 700 milhões para ajudar as operadoras rurais com a mudança.

A Rural Wireless Association (RWA), uma associação comercial voltada para operadoras rurais sem fio com menos de 100 mil assinantes dos EUA, estima que a instalação de novos equipamentos custaria entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão.

Para Roger Entner, analista da Recon Analytics, a estimativa é de que a Huawei e sua compatriota ZTE, cobram entre 30% e 50% menos que as rivais. Ou seja, superar os preços chineses está fora de cogitação, deixando a troca de fornecedores nada fácil. Isso porque, de acordo com analistas e executivos das empresas ouvidos pela Reuters, Nokia e a Ericsson, estão com dificuldades financeiras nos últimos anos e não deverão descer tanto aos preços até se aproximar aos da Huawei.

Segundo as fontes da Reuters, operadoras como a Pine Belt, no Alabama, e a Union Wireless, em Wyoming, estão à procura preços compatíveis, com desconto, e aguardam a ajuda do governo, mas ainda não fecharam nada com nenhuma fornecedora.

John Nettles, presidente da Pine Belt, explicou que sua empresa entrou em contato com a Nokia e a Ericsson no ano passado depois que foram proibidos de usar o fundo de serviço universal de equipamento chinês de US$ 8,5 bilhões. A conversa vem acontecendo há cerca de um ano e as empresas estão procurando maneiras de reduzir o preço que fique ao alcance das operadoras menores, disse ele. Sem um desconto, acrescentou, as transportadoras rurais não poderiam pagar por isso.