O conselho de administração do Twitter (Android, iOS) confirmou nesta sexta-feira, 27, que Egon Durban não deixará o conselho. Co-CEO da investidora Silver Lake, Durban pediu desligamento no dia 25 de maio depois de não ter recebido os votos dos acionistas para continuar no grupo.

Na votação que foi encerrada no último dia 30 de março, o executivo contabilizou 257 milhões de ações contra sua continuidade, 196 milhões a favor e 684 mil se abstiveram.

Para não aceitar a saída de Durban, o conselho alegou que Durban é um membro “altamente efetivo que traz um paralelo operacional único” ao grupo, sua visão fortaleceu a “estratégia da companhia” e que “tem capacidade total de cumprir com seu trabalho fiduciário no Twitter”.

De acordo com documento publicado junto à SEC, o conselho acredita que o motivo para Durban não ser reeleito está ligada às “diretrizes de votação por procuração da empresa de consultoria” e “políticas de votação de certos investidores institucionais que estavam preocupados com as limitações de serviços do conselho”.

Ocorre que Durban participa como conselheiro de outras seis companhias: City Football Group; Learfield IMG College; UFC; Unity Technologies; Verily Life Sciences; e Waymo.

Para continuar no board, o conselheiro aceitou diminuir para cinco o número de empresas que atuará.

Ligação com Musk

Porém, além de ser um nome atuante no conselho de várias companhias, a investidora Silver Lake argumenta que o executivo já trabalhou duas vezes com Elon Musk: participou de uma rodada pós-IPO que injetou US$ 113 milhões na empresa de células fotovoltaicas SolarCity em 2015; e atuou em uma das empresas que ajudaria a converter a Tesla de uma empresa com listagem pública para uma companhia privada, em uma tentativa fracassada de Musk em 2018.

Recordando

Elon Musk fez uma proposta de compra pelo Twitter avaliada em US$ 44 bilhões que foi aprovada por unanimidade no conselho, inclusive com voto de Durban. Após problemas de natureza financeira e operacional que suspenderam a operação, a compra voltou ao seu curso com Musk confirmando que injetará US$ 33,5 bilhões no ato da aquisição. Em contrapartida, um grupo de acionistas entrou com um processo contra o comprador nesta semana nos Estados Unidos, alegando que o CEO da Tesla teria manipulado as ações para ganho pessoal.