A CRO do Rakuten Viber, Cristina Constadache, rechaçou a ideia da companhia de cobrar para que desenvolvedores operem chatbots na plataforma de mensageria Viber (Android, iOS). Em conversa com Mobile Time durante a MWC19, a executiva explicou que o serviço de monetização que será adicionado na plataforma é destinado apenas para “marcas e serviços” que comprarão pacotes de mensagens para marketing.

De acordo com matéria veiculada pelo Tech Crunch na última quarta-feira, 20, o serviço de criação de bots não seria pago, mas sim o envio das mensagens: US$ 4,5 mil para o envio de 500 mil mensagens ou US$ 6,5 mil para 1 milhão de mensagens a partir do dia 1º de abril.

No entanto, esses pacotes são apenas para companhias que pretendem engajar-se com o usuário, como explicou a executiva: “Apesar da desinformação da última semana, nós permitimos que qualquer pessoa crie seu próprio chatbot na nossa plataforma e não vamos cobrar por isso. Nós queremos que as marcas invistam nesses pacotes parar ter melhor performance em suas relações com os usuários. Você (pessoa ou desenvolvedor) pode criar o seu próprio robô para conversação de graça”.

Questionada sobre quantos chatbots o Viber tem atualmente, a executiva disse que são algumas centenas. Constadache  espera trazer mais bots de bancos e serviços (delivery de comida e de produtos e serviços de táxi, por exemplo) nos próximos meses, que ajudem os seus usuários a resolver tarefas no dia a dia.

Com atuação muito forte na Ásia e em parte da Europa, esta publicação questionou Constandache sobre uma possível reaproximação da plataforma com o público latino-americano. Ela explicou que “não há nenhum plano local por enquanto”.

Vale lembrar, o Viber foi comprado pela Rakuten em janeiro de 2014 por US$ 900 milhões. Em seu site para empresas, a plataforma de mensageria não abre a quantidade de usuários ativos por mês (MAUs), mas informa que tem 1 bilhão de usuários únicos e 7 milhões de interações a cada 1 minuto.