A Huawei chegou à marca de 721,2 bilhões de remimbis, ou US$ 107 bilhões, em faturamento bruto no ano fiscal de 2018, o que representa um aumento de 20% ano a ano. O lucro líquido atingiu 59,3 bilhões de remimbis (US$ 8,66 bilhões), um aumento de 25,1% em comparação com 2017.

A unidade consumer registrou receita de US$ 52 bilhões, e o de carrier business faturou US$ 43,8 bilhões – ligeiramente abaixo dos US$ 44,4 bilhões registrados em 2017. E o setor enterprise trouxe a maior parte do restante, ou US$ 11,1 bilhões. Já a quarta unidade da empresa, de nuvem, ainda representa menos de 1% da receita total.

A receita da divisão de tecnologia de operadora da Huawei foi ligeiramente mais fraca se comparada com 2017 caindo 1,3%. Segundo explicação da empresa à Reuters, a queda foi causada pelos ciclos de investimento das empresas de  telecomunicações. O intenso escrutínio mundial da empresa pode levar a mais desafios para esta divisão no futuro, especialmente se o equipamento da Huawei for banido para uso nas próximas redes 5G.

O início da nuvem

“Nosso negócio de nuvem precisa desenvolver ainda mais seus recursos de inteligência artificial e aprimorar sua vantagem competitiva em serviços corporativos. Ele precisa estabelecer uma presença mais forte no e-governo, nos componentes automotivos de TIC e nos domínios das cidades seguras, além de manter um crescimento de alta velocidade com margens brutas saudáveis”, explicou o chairman rotatório da Huawei, Guo Ping, no relatório de 157 páginas do balanço financeiro.

No final de 2018, o portfólio da Huawei Cloud consistia em mais de 160 serviços em nuvem e mais de 140 soluções, como Huawei Cloud Stack, SAP e HPC. Ao todo, a Huawei tem mais de mais de 200 projetos em 10 setores.

Os números da Huawei são um ponto positivo para a empresa, que enfrentou intensa pressão política. O governo dos EUA levantou preocupações de que o equipamento de rede da Huawei seria usado pelo governo chinês para espionagem. A Huawei negou repetidamente essas alegações.