Ajit Varma e Kyle Jenke, diretor de produtos e negócios e diretor de mensageria de negócios do WhatsApp, respectivamente, em visita a São Paulo

O principal competidor do WhatsApp não é nenhum outro aplicativo ou serviço de mensageria, mas o telefone, afirmou o diretor de mensageria de negócios do WhatsApp, Kyle Jenke, em conversa com jornalistas brasileiros nesta terça-feira, 29, em São Paulo.

Questionado por Mobile Time sobre como encarava a competição com Telegram, SMS, RCS ou mesmo com outros apps da Meta, como Instagram e Messenger, o executivo respondeu: “Não pensamos nos outros apps, porque aplicativos de mensagens representam apenas 5% da comunicação entre negócios e pessoas. Há 95% para conquistarmos, especialmente do telefone. Nossa competição é com o telefone. Em vez de competir pelos 5%, estamos indo atrás dos 95% que não usam mensagens hoje.”

Brasil

A visita ao Brasil foi a primeira viagem internacional de negócios feita pelos diretores globais do WhatsApp desde o começo da pandemia. O País foi escolhido por ser um dos maiores mercados do app no mundo, com 120 milhões de usuários. De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, 99% dos smartphones brasileiros têm o WhatsApp instalado. 

Segundo Jenke, a pandemia acelerou ainda mais a adoção do WhatsApp como um canal de comunicação entre empresas e o consumidor final. E nem mesmo a mudança no modelo de precificação, adotada em fevereiro, atrapalhou, disse o executivo. O uso da WhatsApp Business API está dobrando ano a ano, tanto em número de empresas quanto em volume de mensagens, informou.

Jenke disse estar impressionado com a variedade de verticais e de casos de uso do WhatsApp no Brasil. E confirmou nas ruas de São Paulo a popularidade do app no País ao ver seu ícone ou a palavra “zap” acompanhados de números telefônicos expostos por empresas em vitrines, cartazes e outdoors.

Spam

Sobre o uso indevido do WhatsApp para disparo em massa de mensagens sem autorização dos destinatários, o diretor de produtos de negócios do WhatsApp, Ajit Varma, também presente no encontro com os jornalistas, comentou: “O SMS e o email ficaram poluídos com spam. Não queremos isso no WhatsApp. Ao cobrarmos das empresas pelo uso do canal, buscamos qualidade: é para ter certeza de que as mensagens sejam relevantes. Isso nos diferencia de outras plataformas.”