O FaceApp (Android, iOS) respondeu o Mobile Time sobre questões referentes à matéria a respeito de uma possível venda de dados coletados pelo aplicativo, publicada no dia  16 de julho. Em nota enviada por e-mail, o time de comunicação da empresa informou que as imagens ficam em seus servidores por dois dias (48h) e depois são apagadas. Além disso, a companhia disse que não possui acesso aos dados adicionais do usuário.

“A imagem (capturada no smartphone) que não foi editada com nossos filtros, não será enviada para os servidores e permanecerá apenas no dispositivo do usuário. Nós não temos acesso aos seus dados adicionais, como endereço de e-mail, ID da Apple, iCloud ou contas Google”, informou o FaceApp. “Todas as imagens são automaticamente excluídas nas próximas 48 horas após serem editadas em nosso aplicativo. Não podemos e não armazenamos imagens que nossos usuários enviam”.

Pelo lado técnico, a empresa explicou que as imagens compartilhadas com os servidores são totalmente anônimas e criptografadas. O FaceApp afirmou também que não pode identificar o usuário, seu dispositivo ou qualquer outro dado baseado nas imagens e que não usa publicidade.

A empresa ressalta ainda que o conceito do app é oferecer filtros aos consumidores com códigos avançados em seu servidor, algo que seria “impossível” de fazer a partir dos smartphones. E reforçam que ninguém do time do aplicativo vê ou tem acesso às fotos do usuário.

Vale frisar, o FaceApp foi questionado duas semanas atrás sobre os achados da matéria de segurança em seu app publicada por este veículo, mas respondeu nesta terça-feira, 30. A empresa não explicou informações sobre o motivo para acessar informações de rede, dados de acesso à web e de rede do celular do usuário, como demonstrado na descrição do app nos marketplaces. Na última quarta-feira, 17, o senador dos Estados Unidos Chuck Schumer enviou uma carta ao FBI e ao Federal Trade Commission (FTC) expressando sua preocupação sobre o FaceApp e pediu que o FBI “avalie se os dados pessoais enviados por milhões de norte-americanos para a FaceApp, que podem chegar às mãos do governo russo ou de entidades com ligações com o governo russo”. E continuou: “Se assim for, peço que medidas sejam tomadas pelo FBI para mitigar o risco apresentado pela agregação desses dados.”