Resultados da pesquisa para: Qualcomm

Futurecom 2017: Investir em start-ups depende da tecnologia e da equipe, dizem especialistas

Investidores e aceleradoras das start-ups expõem algumas barreiras para o aporte de capital em start-ups brasileiras, que precisam ser superadas. A discussão foi trazida durante painéis promovidos pela Abranet dentro da Futurecom, nesta segunda-feira, 3.

“Uma das barreiras é a questão técnica, a outra é a cópia de modelos já existentes que terão dificuldade de ganhar escala. Às vezes eles querem desenvolver uma tecnologia, mas não tem nenhum sócio com aquele conhecimento”, disse Guilherme Ralisch, consultor do Sebrae-SP, que não investe em start-ups, mas ajuda a desenvolver seus negócios com conhecimento e mentoria.

“Damos preferência ao empreendedor que tem experiência naquele segmento. A gente investe no time, e o time tem que ter capacidade de disrupção. O empreendedor tem que ter ideia boa, mas a capacidade de execução precisa estar acima da ideia”, completou Marcelo Sato sócio na Astella Investimentos.

Por outro lado, Jorge de Paula Costa Ávila, diretor sênior de desenvolvimento de negócios da Qualcomm, frisou que não há necessidade do criador de uma ideia ser de uma start-up e que o mais importante é o modelo de negócios atrelado à tecnologia.

Burocracia

Outro problema envolto no ecossistema de start-ups é a burocracia. Relações como documentação, patente e formas de pagamento entre grandes corporações e VCs que querem investir em novos empreendedores ainda são vistos como obstáculos para o desenvolvimento dos negócios. José Eduardo Veloso, engenheiro de tecnologia e inovação da Bosch, acredita que a utilização de métodos como fast track (rápido cadastramento de fornecedor) e trazer a start-ups para dentro de uma empresa podem ser uma forma de reduzir essas barreiras.  

Já Rogério Tamássia, fundador e diretor da Liga Ventures, visualiza a necessidade de as grandes corporações olharem com mais carinho para as start-ups na hora de as cadastrarem como fornecedoras. “Estamos em um processo de aprendizado. A grande empresa começa a olhar para a start-up como parceira. Muitas empresas criaram processo de Fast Track, mas é necessário produzir novos caminhos. Tem empresa que demora 60 dias para pagar o fornecedor, em muitos casos, 60 dias é vital: ela pode morrer neste tempo”.

Dinheiro

Os executivos foram questionados sobre os planos de suas empresas ou clientes dispenderem mais dinheiro para as start-ups que não estão em estágio inicial. A maioria disse que há dinheiro para investir, porém depende da tecnologia. O único que foi efusivo com o valor injetado nas novas entrantes foi Sato. Em sua venture capital, eles investem entre US$ 2 e US$ 4 milhões, mas avalia que para start-ups que precisam de quantias maiores para crescer (a partir de US$ 20 milhões) o ideal é ir para fora do País, pois não há investidores com tamanha capacidade de aporte aqui.

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Inteligência artificial: Brasileiros devem focar IA em serviços, diz professor da Berkeley

A introdução da inteligência artificial (IA) no mercado brasileiro deve se dar não apenas por ser uma tendência internacional, mas focar nas necessidades locais. Para James Shanahan, professor de IA na universidade de Berkeley, os brasileiros devem focar em especial nos serviços.

“Eu acredito que existe uma grande oportunidade para inteligência artificial em serviços, especialmente na América Latina, em áreas como bancos e agricultura”, disse Shanahan. “O segmento de serviços em IA vai representar US$ 120 bilhões em 2025 e não precisa de muito esforço. Eu posso fazer uma tecnologia e encaixá-la em serviços da Amazon, Google, Microsoft e IBM”.

Baseando-se em uma pesquisa da Tractica deste ano, o especialista ressaltou que, ao todo, o mercado de IA deve render ao todo mais de US$ 300 bilhões em 2025, saltando da atual estimativa de US$ 6,5 bilhões para o final de 2017. Além dos serviços, o segmento de hardware deve ser responsável por outros US$ 120 bilhões. No entanto, ele frisa que os brasileiros e latino-americanos podem perder espaço e dinheiro se apostarem contra as principais empresas que já investem no setor, como Nvidia, Qualcomm, Intel e Google.

‘É preciso mudar’

Em sua palestra durante o Innovation Summit nesta terça-feira, 26, em São Paulo, o professor frisou que a inteligência artificial já está mudando nossas vidas, como a inserção de assistentes digitais e bots de conversação. Mas, ele ressalta que algumas etapas precisam ser melhoradas até sua adoção total como: melhoria na educação, alterando a matemática do modelo Newtoniano para a Teoria das Cordas, reduzindo o tamanho de ferramentas baseada em IA, para que o usuário não depender tanto de redes de Internet; diminuição do excesso de termos técnicos enviados aos usuários; e criação de leis aptas para uma sociedade que conviverá com essas novas soluções.

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Painel Telebrasil: Teles apontam situação dramática com perda de receita e rentabilidade

O Painel Telebrasil deste ano foi marcado por um grau raramente visto de preocupação com relação à viabilidade dos investimentos. O presidente da Oi, Marco Schroeder, afirmou que a indústria está perdendo receita nominal nos últimos anos e a alta carga tributária incidente sobre os serviços de telecomunicações tem impacto nas operadoras. “Todo mundo entendeu que estamos falando aqui que o setor não está fazendo dinheiro. É uma mensagem muito clara. Estamos dando transparência e precisamos juntos discutir ideias, que passam pelo PLC 79, pela questão tributária, fundos setoriais… Somos empresas de capital aberto. Nem sempre é fácil tratar (de forma aberta), mas estamos fazendo”.

Para o presidente da Claro Brasil, José Félix, além da carga tributária alta, a receita média do celular do brasileiro que chega para a operadora é extremamente baixa, na casa dos  US$ 6, enquanto nos Estados Unidos é de US$ 49, ou seja, oito vezes mais. “Isso não vai acabar bem, esse modelo já está dando sinal concreto de fadiga”, afirma. Para ele, é preciso adotar políticas mais realistas e pragmáticas do que a de “filé com osso” para resolver o problema de conectividade no Brasil. “A iniciativa privada não pode resolver os problemas do governo”,  ressalta.

O vice-presidente de assuntos institucionais da Telefônica, Gustavo Gachineiro, disse que há dificuldade de fazer a sociedade entender a situação dramática das operadoras. Por isso, justifica, em parte do Brasil o serviço móvel é semelhante ao da Europa e, em outras, é comparável ao da África. “É como uma barra de gelo derretendo e nós não conseguimos avançar”, salienta.

Indústria

O presidente da Qualcomm, Rafael Steinhauser, disse que o Brasil não foi feliz na universalização da banda larga, já que não usa os fundos setoriais para estimular a oferta de serviço onde não há atratividade, nem promove renúncia fiscal. Na educação, falta conectividade para o aluno e a política industrial está voltada para a cadeia de montagem, ao invés da inteligência. “Nenhum dos milhões de celulares no mercado foi desenhado no Brasil”, afirma. Para ele, a oportunidade é agora, na renovação da política imposta pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Governo

O secretário de telecomunicações, André Borges, disse que a política “filé com osso” deu resultados interessantes, mas está sendo revista. “Essa é uma característica ligada essencialmente da concessão”, ressalta. Em sua opinião, as obrigações previstas no PLC 79 têm o mesmo nível de onerosidade, mas os resultados serão mais relevantes para as partes.

O conselheiro da Anatel, Igor de Freitas, disse que na economia moderna não dá para não estar automatizado sem perder a competitividade. “É preciso encontrar uma saída, o setor privado não vai resolver todos os problemas”, afirma.

Já o secretário de planejamento e assuntos econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari, afirmou que em qualquer sociedade o setor de telecomunicações é o que leva ao crescimento e ao desenvolvimento econômico, mas muitas vezes isso é esquecido. No Brasil, essa visão é latente porque hoje o marco regulatório é descasado da sociedade e a aprovação do PLC 79 pode resolver a questão. “Telecomunicações é o único setor que é difusor de tecnologia”.

Outro ponto apontado do Ferrari como prejudicial ao setor é a competição assimétrica com as OTTs. “Não somos contra essas empresas, mas é preciso que haja regulamentação para que haja uma convivência harmônica e competitiva com os serviços prestados pelas empresas de telecomunicações”, ponderou. Ele disse que o Ministério do Planejamento está analisando a possibilidade de regular as OTTs.

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Smartphones: LG lança smartphones Q6 e Q6+ de olho no segmento de preço médio

A LG apresentou dois smartphones com foco para o segmento de médio preço, LG Q6 e LG Q6 +, nesta terça-feira, 19. Os dispositivos têm como principais diferenciais a tela de 5,5 polegadas FullVision (tecnologia de tela similar ao LG G6), o reconhecimento facial e a câmera de selfie com lente angular de 100º.

“Este é o primeiro smartphone neste segmento (mid) com Full Vision. Com tela de 5,5 polegadas em um corpo de smartphone de 5 polegadas, ele possui proporção 18:9 e resolução 2160 x 1080 (Full HD), para o aparelho trazer uma experiência mais imersiva na hora de ver filmes e jogar” explicou Marcelo Santos, gerente de produto da LG no Brasil.

Com corpo de metal feito em alumínio da série 7000, os dois dispositivos possuem plataforma mobile Qualcomm Snapdragon 435, sistema operacional Android Nougat (7.1.1), conexão 4G, Wi-Fi, Bluetooth (4.2), bateria de 2.900 mAh, TV Digital, câmera frontal (selfie) de 5 MP e traseira de 13 MP. As diferenças entre os dois aparelhos estão na memória interna e no armazenamento: Q6 + tem com 4 GB de RAM e 64 GB de espaço, enquanto o Q6 vem com 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento.

Comunicação e vendas

Ao todo, 1,3 mil canais já estão vendendo os modelos. Até o final do ano, Marcelo Perri, vice-presidente de vendas da LG no Brasil, espera que os celulares passem a ser comercializados em 6 mil estabelecimentos, como lojas online, varejo de rua e operadoras.

E em sua estratégia de comunicação para os dois novos produtos, a fabricante de smartphones focará no público jovem, até 34 anos de idade (millennials). Para isso, deve veicular sua campanha de marketing na TV aberta (Globo, Record, SBT e Band) e em meios digitais (Google, Instagram, Facebook, Yahoo e Globo.com).

“Nós sabemos o quanto o cenário político do Brasil está complicado. Mas estamos com expectativa de retomada e crescimento do mercado de smartphones. O Q6 e o Q6+ vão focar nos segmento de celulares de preço médio, mid plus e mid hig. Por isso, estamos posicionando o smartphone para os jovens brasileiros”, explicou Bárbara Toscano, gerente de marketing da companhia sul-coreana.

Disponibilidade

Com vendas por meio do varejo online e off-line a partir desta terça-feira, o LG Q6 + tem preço sugerido de R$ 1.599 e o LG Q6, de R$ 1.299. Ambos os handsets possuem opções de cores em preto, prata e rosa dourado.

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