Tela de Android do Metamask (Reprodução: Metamask)
Não imaginei que precisaria de uma carteira em blockchain tão cedo. Investir nesse modal não era algo que estava em meu radar, até ganhar um NFT em arte física e digital. A versão impressa é mais fácil de lidar, fui em uma loja aqui do bairro e pedi para enquadrar com moldura e vidro.
Já a versão digital, não tinha jeito, a única forma de armazenar era em uma wallet descentralizada. Adotei a Metamask (Android, iOS), uma carteira aberta e gratuita que é feita por desenvolvedores e que funciona tanto em dispositivos móveis como em navegadores (Chrome, Firefox, Safari, Edge) via extensão.
Senti na pele as barreiras de entrada que muitos usuários dessa tecnologia sentem. O primeiro problema é que o cadastro mistura trechos em português e inglês. Depois vem o processo de inscrição na carteira, que é um pouco mais complicado que um onboarding de carteira digital comum ou banco digital.
No app, o usuário precisa criar senha de oito caracteres e, na sequência, o Metamask dará uma frase secreta de backup que é o principal desafio de cadastro. Importante para ter uma segurança extra no app, essa frase tem uma série de palavras desconexas, mas que precisam ser anotadas em um equipamento fora da rede ou em papel. Sim, nós estamos falando de uma carteira digital que precisa de papel para o usuário estar seguro em 2023!
Igualmente importante, se o celular do usuário tiver leitura de digital, é importante selecionar essa tecnologia como proteção no app.
Uma vez cadastrado, é possível usufruir da carteira para comprar e vender criptomoedas (tokens), como Ethereum, Binance, Sand, Mana, USD Coin e Tether; trocar NFTs; enviar a carteira para outros usuários; alterar o número aleatório da carteira, ao pressionar e segurar o nome da carteira; e usar o navegador interno do Metamask que também é descentralizado e preparado para Web3.
Também é possível criar múltiplas contas dentro de uma carteira, assim o consumidor pode ter uma para NFT e outra para tokens, por exemplo.
Em resumo, o cadastro é difícil de fazer. O uso é fácil para quem está acostumado com jogos e gamificação, mas complicado para os demais. Logo, a Metamask precisa de muita evolução para chegar no patamar de facilidade de uso dos apps de bancos e carteira digitais.
