Há quem diga que a gente começa a viajar ainda nos preparativos, escolhendo o país, a cidade, onde ficar, passagens e tudo mais. Sou partidária dessa teoria. Adoro planejar, ler sobre, pesquisar o que fazer, onde comer, melhor lugar para ficar, selecionar os lugares a serem visitados, enfim, avaliar todos os detalhes. E quando se trata de uma viagem ao exterior, o meio de pagamento entra nesta lista de estudos.

Anos atrás, a gente viajava com dinheiro na “doleira”, aquela pochete interna, e um cartão de crédito internacional do banco, mas isso implica em um custo adicional do IOF, que atualmente está em 6,38%. Tinha até o traveler check, que funcionava como um cheque, mesmo, mas caiu em desuso.

Atualmente, é possível abrir contas internacionais e, com isso, ter um cartão de débito internacional. Sua principal vantagem é que o IOF é bem melhor: 1,1%, o mesmo valor para quem compra dinheiro em espécie.

Pesquisa vai, pesquisa vem, vi que existem várias opções do tipo: C6 Bank, BS2, Inter, Nomad, Easy (clientes do Banco do Brasil podem abrir pelo app do BB), o banco de investimento Avenue e a Wise.

A minha viagem só vai acontecer em julho – nunca é cedo para viajar na viagem – mas já fiz as minhas pesquisas e optei por começar a utilizar a conta e o cartão internacional da Wise (Android, iOS). O cadastro é rápido – pedem foto de documento e transferência de R$ 100 para a conta nacional. Tudo muito simples e rápido. Pedi meu cartão no dia 13 de março e no mesmo dia já tinha direito a usar o virtual. A tarjeta chegou três dias depois. Ou seja, não tive tempo de me estressar com as corriqueiras paranoias de demora, extravio etc.

O cartão chega em um envelope normal de cartão, sem mimos. Mas chegou rápido e é isso o que importa.

Para realizar a transferência também foi tranquilo, sem mistérios. No app, você informa o quanto quer transferir e ele cria um código para você copiar e colar na área de Pix do seu banco. Depois, é só confirmar.

Fiz uma compra com ele só para testar e deu tudo certo. E, por ser o primeiro uso do cartão, foi preciso ser feito o pagamento com o chip e digitar a senha – ou seja, não pode ser por pagamento por aproximação. Mas nos próximos usos será possível usar a tecnologia NFC. Ah, e uso no Brasil é preciso escolher a opção de crédito.

Agora só resta testar na viagem. Pela vasta pesquisa que fiz, não terei grandes problemas. O cartão da Wise dá problemas em algumas cidades na Holanda, mas não nas grandes cidades mundo afora. Ele é aceito em vários países e é possível adicionar mais de 50 moedas estrangeiras – como dólar, euro, libra esterlina. Por isso, aguardem para uma segunda parte desta resenha.