Anunciado em 25 de setembro de 2003, o Nokia Medallion I é, no mínimo, um icônico antepassado dos wearables. Da série de produtos Nokia Imagewear – composta também pelo Medallion II e o Kaleidoscope I –, ele chegou ao mercado no ano seguinte em países da Ásia-Pacífico e da Europa, além dos Estados Unidos, com a proposta de transportar e mostrar as imagens que o usuário quisesse.

Anúncio do Medallion I. Imagem: Divulgação/Nokia
O modelo armazenava até oito fotos, mas com uma restrição: só comportava imagens em JPEG ou VGA de no máximo 640×480. Para a inserção de imagens, era preciso acionar o infravermelho que funcionava com alguns aparelhos da Nokia – no caso os modelos 9210, 9210i, 7650, 3650, 6650, 6220, 7600, 6600 e 3200 – ou pelo computador.
Mesmo com uma tela de 96×96 pixels, o Medallion I conseguia adaptar as fotografias ao tamanho do display. Este contava com uma variação de até 4096 cores e uma memória de 2 MB. A tela, inclusive, tinha um funcionamento bastante interessante para o período, com um brilho adaptável. Uma vez acionada, ficava ligada por até 15 segundos e ainda tinha um outro botão para acionar o relógio.

Modelo Nokia Medallion. Imagem: Reprodução/Altherthat; Inside.tag; 51.151km/Instagram
Feito de aço, o dispositivo era pequenino, com 42 mm de comprimento, 53 mm de largura e 13 mm de espessura, pesando 34 gramas. Ele possuía uma autonomia que variava entre 10 horas e 15 horas, podendo ser recarregado pelos modelos ACP-8 ou APC-12.
O Medallion I até era resistente à água, mas nem tanto. O manual do dispositivo alertava que ele não podia ser submerso, sobretudo em água salgada, senão dificilmente continuaria funcionando.
Com a proposta de combinar moda com tecnologia, o modelo da Nokia foi parte de um período experimental da fabricante, ainda em seus áureos tempos de fabricante de dispositivos móveis. Na época, o então designer chefe e vice-presidente da Nokia, Frank Nuovo, afirmou que o produto tinha sido “projetado para pessoas que desejam se destacar da multidão”. Realmente… Usá-lo no pescoço era para poucos.

