No Brasil, as pequenas e médias empresas (PMEs) são responsáveis por uma parte significativa da economia, mas a adoção de tecnologias financeiras ainda é incipiente para muitas delas. As fintechs, em geral, têm buscado mudar esse cenário, oferecendo soluções tecnológicas que facilitam a gestão financeira e melhoram o acesso ao crédito — áreas em que muitas destas ainda enfrentam grandes desafios.
Apesar dos avanços tecnológicos, boa parte das empresas menores ainda utilizam métodos tradicionais e, muitas vezes, ineficientes para gerenciar suas finanças. Essa falta de modernização pode resultar em uma má gestão de fluxo de caixa, dificuldades na obtenção de crédito e, em casos mais extremos, problemas de inadimplência que levam a ter problemas na continuidade de seus negócios. A resistência inicial à adoção de novas ferramentas é compreensível, especialmente para as menores, que possuem recursos limitados para investir em tecnologia.
As fintechs, no entanto, têm trabalhado para superar essas barreiras oferecendo serviços acessíveis e intuitivos que se adaptam às suas necessidades. Ao adotar soluções oferecidas por fintechs, não apenas ganham acesso a serviços financeiros modernos, mas também a um suporte personalizado que entende as especificidades do seu negócio.
Várias fintechs oferecem serviços com níveis de segurança robustos, que, no entanto, não dispensam o suporte e atendimento personalizados que ajudam os empreendedores a navegarem pelo complexo cenário financeiro com mais confiança e clareza, pois qualquer avanço tecnológico deve ser visto como uma ferramenta útil, mas que não dispensa a inteligência humana
Nesse cenário, temos como exemplo a inteligência artificial, que tem de ser vista como uma aliada e não como a solução de todos os problemas. A IA torna mais rápida a tomada de decisão, porém deve ser calibrada com as informações recebidas e garimpadas pela inteligência humana. Pois ter sensibilidade, analisar dados, comportamento, o setor econômico, entre outros, não podem ser abarcadas somente com a inteligência artificial.
Para entender melhor o panorama das PMES, no entanto, é importante analisar o que falta para elas adotarem essas soluções de maneira mais robusta e quais são as estatísticas de adoção de tecnologia por parte dessas empresas. Mesmo que ainda incipiente, a adoção da tecnologia financeira vem crescendo.
Contudo, estas ainda estão muito atreladas ao mundo tradicional. O desafio das fintechs é levar para as PMEs tecnologias e inovações que outrora só eram acessadas pelas grandes instituições financeiras. Sabe-se, por exemplo, que somente 23% das PMEs usam contas mobile ou usam a web tradicional.
Um dos fatores que mais impede as PMEs de adotarem soluções financeiras baseadas nas tecnologias atuais é a percepção de segurança que os bancos tradicionais ainda passam, por serem instituições financeiras tradicionais que passam a sensação de estabilidade, pela sua longevidade no mercado e uma estrutura robusta que inspira confiança.
Mas essa percepção nem sempre reflete a realidade dos avanços tecnológicos. Muitas fintechs têm mostrado que, além de oferecerem soluções tão seguras quanto as dos bancos tradicionais, são muito mais ágeis na adoção e atualização de tecnologias, o que garante um nível de segurança continuamente aprimorado.
As fintechs estão constantemente investindo em tecnologias de ponta, como criptografia avançada, autenticação em duas etapas, e monitoramento em tempo real para prevenir fraudes. A agilidade das fintechs na implementação de inovações tecnológicas permite que seus produtos sejam atualizados rapidamente para lidar com novos tipos de ameaças, oferecendo um ambiente financeiro seguro e confiável para as realidades das empresas menores.
A verdadeira inovação está em combinar segurança com a flexibilidade que as empresas tanto precisam. Enquanto os grandes bancos têm o desafio de adaptar estruturas pesadas e lentas às demandas modernas, as fintechs, em sua maioria, já nascem digitais, ágeis e focadas no cliente. Por isso, são capazes de fornecer soluções tecnológicas que não apenas garantem a segurança, mas também promovem o crescimento e a sustentabilidade dos negócios dos mais variados tamanhos. Para essas empresas, superar a barreira da percepção de segurança pode ser o primeiro passo para um futuro financeiro mais dinâmico e promissor.
Ao facilitar o entendimento e uso de suas ferramentas, as fintechs estão não apenas melhorando a saúde financeira das PMEs, mas também fomentando um ambiente de inovação que é essencial para o crescimento econômico do país.