Ilustração: Cecília Marins

Atropelado pelo WhatsApp no Brasil, o serviço de mensagens multimídia (MMS, do inglês Multimedia Messaging Service) ainda é amplamente utilizado em outras partes do mundo. Só em 2021, apenas os canais da Infobip, uma das principais empresas do mercado global, transmitiram 1 bilhão de MMSs, segundo Yuri Fiaschi, VP de projetos estratégicos e gestão de negócios. Por aqui, esse serviço é quase uma tecnologia do passado, com uma queda expressiva no seu uso após o surgimento dos apps de mensageria.

Fomentado inicialmente pelo 3GPP (3rd Generation Partnership Project ), o MMS foi continuado pela Open Mobile Alliance (OMA), tendo chegado ao mercado comercial há exatamente duas décadas, em 2002. Ele é uma combinação do serviço de mensagens curtas (SMS, do inglês Short Message Service) com o Wireless Application Protocol (WAP). Diferente do seu antecessor, que tem o limite de 160 caracteres, o MMS permite escrever textos muito maiores, de até 30 mil caracteres. A maioria das operadoras, no entanto, trabalham com um máximo de 1,6 mil.

O seu grande diferencial é conseguir enviar também imagens, GIFs, vídeos curtos, emojis, links e áudios. Na maioria das operadoras, ele requer uma conexão de dados de celular, mas em smartphones VoIP é possível enviar MMS com qualquer conexão de Internet, incluindo Wi-Fi. Por conta das possibilidades, o seu uso se tornou disseminado como um método de envio de conteúdos de entretenimento e notícias, além de um canal de comunicação com clientes. Empresas no mundo todo ainda utilizam o serviço para promover produtos, disparando campanhas, ofertas, cupons e outras informações.