O desenvolvimento da inteligência artificial deve acontecer de forma responsável, levando em conta princípios éticos na elaboração dos algoritmos, para a construção de plataformas mais equitativas. Essa é uma das propostas defendidas pela Telefônica Vivo em seu recém-lançado manifesto por um novo pacto digital. Essa diretriz já está norteando projetos da própria empresa e será levada em conta nas negociações de parcerias corporativas, confirmou a vice-presidente de assuntos corporativos da companhia, Camilla Tápias.

“Esses temas estão permeando as áreas jurídica e regulatória da empresa, com questões que ainda precisam ser pensadas e debatidas. Por exemplo, quando debatemos sobre a substituição do atendimento por um robô, levantamos a seguinte questão: devemos informar o cliente que ele está conversando com um robô ou não? Isso não está na regulamentação hoje. É ético deixar que o cliente seja atendido por um robô sem que saiba disso? Tem questões éticas que não estão resolvidas e que precisamos debater”, comentou a executiva.

Sobre a exigência desse tipo de cuidado por parte dos parceiros de negócios da operadora, ela disse: “A Telefônica tem que ser responsável e sustentável do ponto de vista ético e nossos fornecedores também. Portanto, sim, pretendemos analisar qual é a visão dos nossos parceiros a respeito desses temas.”