O Banco Central anunciou nesta quinta-feira, 2, que as funções Pix Saque e Pix Troco estarão disponíveis a partir de 29 de novembro deste ano. A primeira modalidade permitirá o saque em dinheiro em estabelecimentos comerciais. Já a segunda, como o próprio nome diz, também oferecerá o saque, mas apenas mediante uma compra, em que o cliente pagará um valor mais alto por meio de pagamento instantâneo e receberá o troco em espécie.

As operações terão limites transacionais para os clientes: R$ 500 durante o dia, e R$ 100 durante a noite. O serviço é gratuito até o oitavo saque – a partir deste, será cobrada uma tarifa, que não pode ser superior à tarifa do saque tradicional.

“Trata-se de mais uma oferta para a população, com uma pequena diferença do saque tradicional, quando o cliente retira o dinheiro diretamente de uma instituição bancária. No caso do Pix, é preciso o envio do valor para que o cliente faça o saque. Temos praticamente 100 milhões de pessoas usuárias do Pix no País, o que significa quase 60% da população. São quase 1 bilhão de transações por mês”, disse Carlos Eduardo Brandt, chefe da gerência de gestão e operação do Pix do Banco Central, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 2.

Poderão ofertar o Pix Saque e o Pix Troco agentes credenciados para o serviço. São eles: estabelecimentos comerciais, instituições financeiras com rede própria de ATM, e entidades que possuem rede independente (compartilhada) de ATM.

A oferta dos serviços é facultativa ao comércio: é possível aceitar o Pix, sem aceitar o Pix Saque e Troco, por exemplo. Entretanto, estas novidades trazem vantagens aos comerciantes: o recebimento de uma tarifa que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, a depender da negociação com instituição de relacionamento, disse o Banco Central. “Os estabelecimentos terão alguns custos para adaptar seus sistemas aos saques, compras, trocos. Mas aqueles que já aceitam Pix só terão ajustes contratuais”, explicou Brandt.