Antecipar o pagamento do salário pelos dias trabalhados para qualquer pessoa com carteira assinada: essa é a proposta da Qindin, uma recém-fundada fintech brasileira que opera no Brasil e no Chile. E mais: tudo é feito pelo WhatsApp, com interface conversacional, sem precisar instalar nenhum app novo.
O primeiro passo é atrair empresas interessadas em oferecer a antecipação diária do salário como um benefício para seus funcionários. A solução é oferecida gratuitamente para o empregador e para os empregados. Estes últimos escolhem se querem aderir ou não. Quem optar pela antecipação, recebe diariamente até 70% do valor líquido de impostos referente ao último dia trabalhado. É o empregador quem define o percentual a ser antecipado por dia de trabalho, dentro do limite de 70%. O empregador também pode escolher se deseja utilizar capital próprio para arcar com a antecipação ou da Qindin – neste caso, é cobrada uma taxa pela operação.
Uma pessoa com salário líquido de R$ 3.000 cuja empresa adote o limite máximo de 70% de antecipação, por exemplo, receberá R$ 70 a cada dia trabalhado.
O trabalhador recebe um cartão Visa de débito pré-pago cujo saldo é alimentado pelo valor recebido diariamente. Esse cartão pode ser usado para pagamentos (sempre na modalidade crédito, mas o limite é o saldo na conta).
Todo o gerenciamento do saldo e quaisquer movimentações são feitos via WhatsApp.
“A operação é respaldada por estrutura jurídica sólida e integração com sistemas de folha de pagamento, o que garante conformidade com a CLT e segurança para empresas e colaboradores”, informa a Qindin em seu comunicado à imprensa.
No primeiro ano de operação no Brasil, a fintech espera ser adotada por 30 empresas e por 45 mil trabalhadores, informa seu fundador, Vinícius Lisboa, em conversa com Mobile Time.
Monetização da Qindin
A Qindin é remunerada pela Visa pelo uso do cartão. Além disso, cobra uma taxa de R$ 11,80 por saque em caixa eletrônico e outra de R$ 5,20 por Pix.
A fintech ainda não é uma instituição de pagamento e opera com uma parceira através de uma plataforma de banking as a service (BaaS).
Crédito da foto no alto: divulgação
