Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

O recurso de Comunidades do WhatsApp não será integrado à API do WhatsApp Business e nem há planos de fazê-lo no futuro, informa a empresa. Portanto, será uma funcionalidade que, ao menos nesse primeiro momento, poderá ser utilizada livremente e gratuitamente pelos usuários do mensageiro, sem monetização e nem intermediação de terceiros. Tampouco está previsto qualquer recurso de chatbots dentro das Comunidades.

Tal como ocorre hoje com os grupos, não haverá um diretório com os nomes das comunidades existentes. Ou seja, não será possível buscá-las. Para entrar em uma comunidade será preciso receber o convite de um de seus administradores.

Uma vez dentro de uma comunidade, o participante poderá ver os nomes de todos os grupos que a compõe. Contudo, só poderá acessar aqueles para os quais tiver sido convidado. E cada grupo dentro de uma comunidade poderá ter administradores diferentes.

O novo recurso foi lançado nesta semana no mundo todo menos no Brasil, que receberá a novidade em 2023.

Análise

O recurso de Comunidades vai servir para gerenciar melhor grupos em torno de um mesmo assunto (uma empresa, um condomínio, uma escola etc). Isso tornará possível uma melhor organização das conversas, assim como um maior controle da comunicação, pois o administrador de uma comunidade poderá enviar comunicados a todos os participantes, assim como apagar mensagens específicas.

Na prática, junto com a ampliação do limite de participantes de um grupo para 1.024, a Comunidades tende a ser uma poderosa ferramenta de comunicação. Em certa medida pode ser vista como uma resposta ao recurso de canais do Telegram, mas com uma mecânica diferente e inovadora, pois é um agrupamento de grupos de discussão.

Ciente do poder desse novo recurso, o WhatsApp concordou em lançá-lo no Brasil em 2023, depois do processo eleitoral, evitando que o mesmo fosse impactado por essa novidade – imaginem as manifestações antidemocráticas desta semana sendo organizadas nessas comunidades, em vez de grupos isolados e limitados a 256 participantes.

O novo recurso tem potencial para ganhar tempo que hoje passamos em outras ferramentas, como email, Slack e grupos do Facebook. Se bem sucedido, portanto, o WhatsApp se tornará ainda mais popular no Brasil, concentrando boa parte do tempo e das conversas que mantemos online. 

Vale lembrar que o WhatsApp está instalado em 99% dos smartphones nacionais e é o app mais presente na homescreen dos aparelhos, de acordo com as pesquisas Panorama Mobile Time/Opinion Box.