A Ruckus Commscope tenta se posicionar no mercado de redes como alternativa viável para prover conectividade em um novo universo que se desenha para os próximos anos, com demanda de alta velocidade, confiabilidade e baixa latência para aplicações e milhares de dispositivos conectados. Segundo Gustavo Barros, gerente de soluções empresariais na fornecedora, as tecnologias de Wi-Fi e 5G são complementares, mas os valores dos equipamentos de rede celular têm mais impacto nas finanças quando comparado ao wireless.

“Existe uma polarização nessas conversas. Wi-Fi é universal e tem mais de 70% do tráfego da web mundial. Ele é focado no indoor (ambiente fechado), é mais estacionário e faz o maior volume de dados. Redes celulares atuam bem no aberto (outdoor), mas são fracas no interno”, explicou. “O 5G tentará trabalhar essa deficiência do indoor, mas o custo é proibitivo. O Wi-Fi continuará sendo usado. Há um ganho econômico com o Wi-Fi”, completou.

Uma das apostas para ganhar terrenos são as tecnologias de Wi-Fi 6 e Wi-Fi 6E. Atualmente, Ruckus possui clientes com Wi-Fi 6 no Brasil, segundo o executivo. Por sua vez, o Wi-Fi 6E está em testes e deve ter os primeiros usos comerciais no País até o final deste ano.

“Hoje temos Wi-Fi 6 em todas as verticais no Brasil. É um enabler para a Internet das Coisas. É mais simples e reduz o consumo de energia, além de ser mais confiável”, afirmou.

Dos segmentos que a empresa mira entrar com Wi-Fi 6E, Barros cita aqueles que demandam transferência de dados em um curto espaço de tempo, saúde e construção civil.

Negócios

Barros afirmou que o começo da Ruckus Commscope em 2021 foi puxado por uma retomada nas vendas para os mercados de varejo, construção civil, shopping e educação pública. Explicou ainda que pelo novo perfil focado em consumo de vídeo, as empresas passam a ter “redes menos estacionárias”.

Outro segmento que tem despontado para as empresas são as MVNOs. O gerente lembra do exemplo da Mambo-Wi-Fi e da Americanet na iniciativa do Wi-Fi Público da cidade de São Paulo, que usa seus equipamentos de rede: “O caso de MVNO é particular. O trabalho com a Mambo foi interessante na capital paulista. É um projeto de visibilidade maior, vem crescendo e levando para outras geografias. É um mercado que vem crescendo. Muitas MVNOs vêm buscando solução de Wi-Fi para fazer ancoragem e reduzir custos”, afirmou.