A disputa judicial entre Epic e Apple ficará para 2021. De acordo com documento obtido pelo Apple Insider, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers da Corte Distrital do Norte da Califórnia divulgou o cronograma do julgamento. A ação em tribunal está agendada para começar no dia 3 de maio de 2021, além de um pré-julgamento em 15 de fevereiro do próximo ano.

A peleja na Justiça norte-americana foi adiada para 2021 por impactos e considerações acerca do novo coronavírus. As duas empresas ainda devem propor uma agenda em conjunto do julgamento até o dia 15 de outubro.

Entenda

A batalha sobre as regras da loja de aplicativos está acontecendo atualmente no tribunal federal da Califórnia. Tudo começou no dia 13 de agosto, quando a Epic lançou um meio de pagamento dentro do Fortnite sem integração aos sistemas de billing de Apple e Google. Em seguida, a opção de download do jogo foi retirada da App Store e da Google Play. Nas redes sociais, o CEO da desenvolvedora de jogos acusou a Apple de comportamento anticompetitivo. Além disso, a empresa entrou com processos na Corte Distrital do Norte da Califórnia para voltar às lojas de apps.

A Apple contra-atacou a Epic, pedindo a um juiz federal que concedesse indenizações punitivas e restringisse o desenvolvedor de continuar o que descreve como práticas comerciais injustas. A empresa proprietária da loja de aplicativos alegou que a desenvolvedora orquestra campanha contra a App Store.

A justiça, no fim de agosto, deu parecer favorável à Apple e manteve o Fortnite fora da loja de aplicativos, mas liberou a Unreal Engine, uma plataforma de criação de jogos que também é usada para criar cenas realistas e ultrarrealistas. Ela é o motor central em jogos eletrônicos, incluindo Borderlands 3 e PlayerUnknown Battleground (PUBG, um dos principais concorrentes de Fortnite), além de ter servido para criar todos os cenários ultrarrealistas da série de TV da Disney+, Mandalorian.

No final de setembro, Epic Games, Spotify, Deezer, ProtonMail, Match Group (dos aplicativos Tinder e Hinge) se uniram para formar a Coalition for App Fairness, uma organização sem fins lucrativos de companhias que pretende fazer frente ao monopólio das lojas de aplicativos de Google e Apple.