O mercado de chatbots, inteligência artificial e de ferramentas de mensageria deve passar por uma consolidação mais cedo ou mais tarde, concordam CEOs de companhias desse mercado que participaram do painel de abertura do Super Bots Experience, nesta quarta-feira, 8, em São Paulo. Mas, no curto prazo, a expectativa é de que as empresas se especializem mais e aprimorem seus produtos. Se houver fusões e aquisições agora, será entre empresas cujas operações sejam complementares, ou seja, que haja uma sinergia clara, não simplesmente para crescimento inorgânico, avalia Eduardo Henrique, diretor da Wavy e cofundador da Movile.

“Uma fusão pode ser uma boa alternativa, em mercados mais maduros. Mas ainda estamos no começo desta revolução. Várias empresas deverão se especializar. No curto espaço há chances de fusões de sinergia”, disse o executivo. “Mas o problema é a mentalidade do brasileiro. Como usamos esse ‘grande laboratório’ com empresas e consumidores para criar coisas maiores do que já criamos?”, questiona.

Roberto Oliveira, CEO da Take,  evita comparar o mercado de bots com aquele de SVAs do qual sua empresa e a Movile surgiram e que passou por um processo de consolidação. Ele reforçou que o mercado de bots é muito mais amplo, pois abrange tudo o que é comunicação entre marcas e consumidores. Ele também acredita que a consolidação futura será natural. “Mas estamos em uma fase inicial. O WhatsApp Business nem começou direito, está nos primeiros passos. Só o call center é uma indústria de US$ 100 bilhões no Brasil”, completou Oliveira.

Por sua vez, Rodrigo Scotti, CEO da Nama, também defendeu que antes da consolidação é preciso ter mais “especialização” entre as empresas do segmento. Enquanto isso, Cássio Bobsin, CEO da Zenvia, vê o movimento de consolidação como algo “natural”, mas para longo prazo.