João Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul

A liberação do WhatsApp Pay no Brasil está caminhando entre os representantes da indústria de pagamentos e o Banco Central. De acordo com João Paro Neto, presidente da Mastercard no Brasil, o meio de pagamento pelo mensageiro deve ter sua autorização pelo regulador em 2021.

“Vamos trabalhar cada vez mais para disponibilizar as ferramentas dos consumidores. Isso passa pelo WhatsApp Pay. Estamos nesta trilha, sim. Temos feito reuniões semanais com o BC. As últimas conversas foram de dúvidas. Entendo que estamos muito mais perto de iniciar. Estamos próximo do Dia D”, disse o executivo em conversa com a imprensa nesta terça-feira, 8.

Questionado sobre uma data, Paro Neto acredita que pode chegar no primeiro trimestre de 2021, mas preferiu não cravar: “O WhatsApp Pay não virá para este ano, não dá tempo. Há muitos arranjos e questões tecnológicas para serem definidos. Mas 2021 com certeza”, completou.

O líder da Mastercard no País acredita que WhatsApp Pay será um dos principais temas dos meios de pagamentos no próximo ano, ao lado do open banking.

Vale lembrar que, em entrevista com a imprensa no fim de outubro, o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, havia estimado o início das operações do meio de pagamento do Facebook para novembro deste ano.

Open banking

Sobre o sistema financeiro aberto, que recentemente teve seu processo regulatório adiado para fevereiro de 2021, o presidente da Mastercard entende que essa prorrogação ocorre para não atrapalhar o final de ano das instituições financeiras. Mas acredita que terá impacto na entrega de produtos para o consumidor final.

“O open banking, mais para frente, terá impacto na entrega das soluções para o consumidor. Mas não impacto financeiro. Contudo, precisamos correr, pois isso é importante para a empresa, assim como para a indústria e o País”, afirmou. “Mas é importante dizer que nós (Mastercard) estamos no meio dessa jornada do open banking, pois será o maior motor de mudança e trará um mercado mais democrático e mais eficiente”, concluiu.