O aplicativo Meu SUS Digital (Android, iOS) acumula 49 milhões de downloads, 8 milhões de usuários únicos ao mês e é o app governamental mais baixado. Os dados foram divulgados por Ana Estela Haddad, secretária da secretaria de informação e saúde digital ligada ao Ministério da Saúde. Haddad apresentou os números durante sua participação na Reunião Magna ABC: Inteligência Artificial e as Ciências – Oportunidades e Riscos, realizado pela Academia Brasileira de Ciências, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 9.

A secretária também apresentou avanços da transformação digital do SUS e os desafios da integração de inúmeros sistemas.

A primeira etapa para a interoperabilidade de sistemas SUS foi finalizada com adesão de 99,9% dos municípios participando da proposta – somente três não quiseram.

Essas regiões vão receber um total de R$ 460 milhões. Neste primeiro momento, foram repassados R$ 232 milhões, sendo R$ 69 milhões aos 26 estados e Distrito Federal e R$ 162,4 milhões às 5.567 cidades que aderiram ao programa.

Próxima etapa: diagnóstico do paciente SUS

A proposta, neste momento, é fazer um diagnóstico situacional das redes de atenção, levando em conta a regionalização do SUS (regiões e macrorregiões de saúde). Cada município e estado aplicará o Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital. “A inteligência artificial é um dos indicadores de maturidade digital a se perseguir, mas com os devidos critérios e uso crítico e analítico.”, aponta Haddad.

Com base no diagnóstico de atenção e no Índice de Maturidade, cada uma das 118 macrorregiões de saúde vai apresentar um plano de ação para a sua transformação digital.

Foram estabelecidos sete domínios para o Índice de maturidade Digital:

– gestão e governança em saúde digital;

– formação e desenvolvimento profissional;

– sistemas e plataformas de interoperabilidade;

– telessaúde e serviços digitais;

– infoestrutura;

– monitoramento, avaliação e disseminação de informações estratégicas;

– infraestrutura e segurança.

A estratégia para solucionar a questão da fragmentação dos sistemas de informações – como inúmeros prontuários para um único paciente – passa pela RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde) – plataforma de interoperabilidade que deverá reunir dados de diferentes “players”, como: laboratórios, farmácias, atendimento de urgência e emergência, saúde populacional, profissionais de saúde, comunidade de usuários, entre outros.

A ideia é que a RNDS tenha o histórico clínico do paciente, dados de diferentes níveis de atenção, seja integrado com estados e municípios e com diferentes sistemas e que tenha padrões de interoperabilidade.

“Por exemplo: para o prontuário clínico do paciente na atenção primária, a gente estabelece um conjunto mínimo de dados que se transforma em um modelo informacional e computacional. Há um padrão para essa troca de informações e, com isso, essa rede vai permitir termos um ecossistema de dados que podem ser enriquecidos, melhorados e que poderão ser encontrados no prontuário do paciente, serem consumidos por pesquisas, por exemplo, e pelo próprio paciente.

Desafios

O principal desafio é a integração de players – públicos e privados – e que estão produzindo esses dados em saúde.

Haddad disse ainda que a ideia da RNDS está em um Projeto de Lei no Congresso.

No fim, a ideia é que a RNDS permita que um paciente possa usar um laboratório particular e, em seguida, ser atendida em uma emergência do SUS em um outro estado, por exemplo, e todos esses dados serem integrados.

Mesmo com níveis de atenção diferentes, setores de saúde diferentes, prontuários diferentes, estados diferentes, a RNDS permitirá a integração de todos esses dados.

A RNDS já está em atuação. Já existem na rede 1,1 bilhão de registros de imunobiológicos (como vacina para Covid-19, vacinas de rotina e campanhas do Plano Nacional de Imunizações), 37,3 milhões de registros de atendimentos clínicos (atenção primária, ampliação média e alta complexidade, e 10 milhões de registros da regulação que estabelece as filas de cirurgias, consultas especializadas etc.

“A interface da RNDS para o cidadão é o aplicativo Meu SUS Digital”, completou.

As funcionalidades e as informações estão se ampliando. Quem é atendido na Unidade Básica de Saúde já tem seus registros. O legado da vacinação nos últimos 50 anos, desde que tenham sido devidamente registrados, estão lá. É uma porta de entrada para o cidadão e para onde a gente pode mandar informações úteis sobre a saúde das pessoas”, resumiu.

Segundo a secretária, ao todo, o Meu SUS Digital acumula 49 milhões de downloads, 8 milhões de usuários únicos ao mês e é o app governamental mais baixado.

A interface da RNDS para o profissional de saúde, para o prontuário eletrônico, é o SUS Digital profissional, uma plataforma usada em computadores.

Números do SUS Digital

O Ministério da Saúde oferece serviços de teleconsulta e telessaúde desde 2006. Atualmente, cerca de 1,4 mil municípios podem receber atendimento público de forma digital pelo SUS e, somente em 2023, foram realizados cerca de 950 mil telediagnósticos.

– O prontuário eletrônico está presente em 77% das Unidades Básicas de Saúde (48 mil UBSs);

– Já foram feitos mais de 70 milhões de registros de exames na RNDS

Para os municípios que oferecem telessaúde, o usuário pode acessá-la pelo aplicativo Meu SUS Digital. Nele, é possível fazer o agendamento da consulta e participar de uma teletriagem. É possível também fazer uma teleconsulta ou ser encaminhado para uma consulta presencial, seja geral ou com especialista.

Desafios

O principal desafio é a integração de players – públicos e privados – e que estão produzindo esses dados em saúde.

Haddad explicou ainda que a ideia da RNDS está em um Projeto de Lei no Congresso.

No fim,  a ideia é que a RNDS permita que um paciente possa usar um laboratório particular e, em seguida, ser atendida em uma emergência do SUS em um outro estado, por exemplo, e todos esses dados serem integrados – mesmo com níveis de atenção diferentes, setores de saúde diferentes, prontuários diferentes, estados diferentes.

Já existem na RNDS:

– 1,1 bilhão de registros de imunobiológicos (como vacina contra Covid-19, vacinas de rotina e campanhas do Plano Nacional de Imunizações)

– 37,3 milhões de registros de atendimentos clínicos (atenção primária, ampliação média e alta complexidade;

– e 10 milhões de registros da regulação, responsáveis por estabelecer as filas de cirurgias, consultas especializadas etc.

“A interface da RNDS para o cidadão é o aplicativo Meu SUS Digital”, completou.

As funcionalidades e as informações na RNDS. Quem é atendido na Unidade Básica de Saúde do SUS já tem seus registros na rede; o legado da vacinação nos últimos 50 anos, desde que tenham sido devidamente registrados, estão lá também. “É uma porta de entrada para o cidadão e por aonde a gente pode mandar informações úteis para a saúde das pessoas”, resumiu.

A interface da RNDS para o profissional de saúde, para o prontuário eletrônico, é o SUS Digital profissional, uma plataforma usada em computadores.

Números do Meu SUS Digital

O Ministério da Saúde oferece serviços de teleconsulta e telessaúde desde 2006. Atualmente, cerca de 1,4 mil municípios podem receber atendimento público de forma digital pelo SUS e, somente em 2023, foram realizados cerca de 950 mil telediagnósticos.

– O prontuário eletrônico está presente em 77% das Unidades Básicas de Saúde (48 mil UBSs);

– Já foram feitos mais de 70 milhões de registros de exames na RNDS

Para os municípios que oferecem telessaúde, o usuário pode acessá-la pelo aplicativo Meu SUS Digital. Nele, é possível fazer o agendamento da consulta e participar de uma teletriagem. É possível também fazer uma teleconsulta ou ser encaminhado para uma consulta presencial, seja geral ou com especialista.

Números gerais do SUS

Ao todo, o SUS realiza 2,9 bilhões de atendimentos por ano e 150 milhões de pessoas são dependentes do Sistema Único de Saúde, ou 70% da população. “Como fazer uso racional e inteligente das novas tecnologias? Como garantir a governança e a soberania de dados em um processo que vamos criar a interoperabilidade, mas como cuidar da segurança da informação, uma infraestrutura de rede robusta, assegurar a privacidade de dados e construir uma visão nacional que envolve o SUS, a saúde suplementar e que integra todo o ecossistema de saúde e os múltiplos atores e interesses colocados”, questiona Ana Estela Haddad.

Para atender a todas essas peculiaridades, a secretária aponta como respostas possíveis a Política Nacional de Informação em Saúde (PNIS), de 2015, a Estratégia Global de Saúde da OMS, que o Ministério toma como base, e o lançamento do SUS Digital, programa que se aplica a todas as áreas do Ministério da Saúde. o desenvolvimento da plataforma de interoperabilidade.

Laboratório de inovação

A secretaria também implementou um Laboratório de Inovação em Saúde Digital, com indústrias e empresas envolvidas para fomentar o desenvolvimento de soluções para o fornecimento do ecossistema de saúde e transformação digital do SUS.

O laboratório é uma forma de todos participarem de forma regulada, com padrões e de preferência colocar essa potência à serviço da agenda do SUS”, explicou.

 

Foto: Ana Estela Haddad, secretária de informação e saúde digital, do Ministério da Saúde. Crédito: Isabel Butcher/Mobile Time