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As receitas com credenciamento e adquirência da Rede no Brasil caíram 37% no quarto trimestre de 2019: foram $ 908 milhões, ante R$ 1,2 bilhão de um ano antes. De acordo com o relatório financeiro divulgado pelo Itaú nesta terça-feira, 11, o resultado ocorre pela redução nas taxas de desconto líquido (MDR) e pelo fim da taxa de antecipação nas operações de cartão de crédito.

Em valor transacionado, a adquirente do Itaú cresceu 12%, de R$ 127 bilhões para R$ 142 bilhões. As transações com cartão de crédito saltaram de R$ 81 bilhões para R$ 90 bilhões, e as compras registradas no débito de R$ 46 bilhões para R$ 51 bilhões.

Outros pontos positivos para a Rede no quarto trimestre de 2019 foram:

– aumento de 97% nas vendas digitais durante a Black Friday de novembro do ano passado;

– evolução nas vendas da maquininha Pop Credicard, que colaboraram para o aumento da base de POS em 19%.

Ao todo, a Rede terminou 2019 com 1 milhão de clientes e 1,5 milhão de máquinas de cartões ativas.

Operação

Outro destaque do relatório são os cortes realizados com o intuito de buscar uma melhoria operacional. O Itaú reduziu para 195 agências digitais (sem atendimento no caixa), queda de 0,5% ante 196 do quarto trimestre de 2018. Em agências físicas, o corte foi de 9%, de 4,7 mil para 4,3 mil. Somente no Brasil, o número diminuiu de 3.530 para 3.158, 372 agências. Para completar, o banco cortou 5 mil empregos (de 100 mil para 95 mil).

O Itaú atende atualmente 2,2 milhões de clientes em suas agências digitais e mais de 330 mil empresas conversam com gerentes móveis, que usam smartphones, tablets ou fazem vídeo-conferência para se conectar com seus clientes.

Corte necessário

No relatório, a companhia afirma que a redução de despesas colaborou para absorver “boa parte dos aumentos das despesas”, que foram as seguintes: participação nos resultados; desligamentos e processos trabalhistas; comercialização de cartões de crédito relacionada ao credenciamento da Rede e de correspondentes bancários; e despesas com bandeiras e parcerias.

Por trás dessa estratégia, o Itaú vem apostando na transformação digital, uma vez que a companhia aumentou os investimentos em 54% entre 2016 e 2019. Sem revelar os valores absolutos, o banco informou que os aportes em TI deram margem a um aumento de 27% no tempo de entrega de projetos e em 24% de retorno sobre o investimento na área, na comparação entre 2018 e 2019.

Transformação Digital

Na digitalização do Itaú, a empresa informa que obteve os seguintes resultados em 2019:

– 27 petabytes se somar os dados de voz, transações, interações nos canais digitais, geolocalização, dados de texto, dados de imagem e biometria;

– apenas em voz, o banco registra e faz análise dos textos em 360 mil ligações diariamente, ou 130 milhões ao ano;

– mais de 90 novos recursos no canal mobile;

– foram realizadas 60 atualizações em seus aplicativos;

– mais de 80 projetos foram feitos entre o banco e as startups do Cubo.