O head de tecnologia do banco Santander (Android, iOS), Alexandre Sona, acredita que o futuro da inteligência artificial agêntica nos bancos caminhará para um modelo de ‘agent as a service’. Durante o SAS Innovate On Tour 2025, evento organizado pelo SAS em São Paulo nesta quinta-feira, 11, o executivo afirmou que esse movimento ocorre com os preços dos serviços de IA caindo.
Para Sona, a era do agent as a service permite às empresas delimitarem o escopo de trabalho, o que permite custo menor nas aplicações e traz resultado, pois conseguem trazer retorno sobre o investimento (ROI) para o cotidiano das corporações.
Vale lembrar, no Superbots Experience 2025, os executivos de empresas de IA afirmaram que o modelo de revenue share baseado nos resultados (outcome) é uma tendência e que existem casos com esse modelo de negócio em pilotos. O tema também foi apresentado no especial do Mobile Time, Agentes de IA, a nova onda.
Dentro do Santander, Sona afirmou que a IA é usada há bastante tempo – antes do hype da generativa. Recentemente, a companhia criou um projeto com um modelo que toma decisões como um analista de crédito baseado em políticas pré-definidas pelo banco. Funcionando como complemento para o analista, o modelo deve entrar em produção no próximo trimestre.
O executivo também lembra que o banco firmou uma parceria recentemente com a OpenAI.
IA para pessoas e pelas pessoas
Apesar do avanço dos agentes e da IA generativa, o executivo do banco acredita que a tecnologia não vai substituir as pessoas, pois ainda há problemas com a alucinação. Sona crê que o atual momento é de a IA potencializando o trabalho do humano.
Acredita ainda que a IA será usada de maneira trivial, como acontece com o Excel, no dia a dia das empresas. Mas ainda não é, pois demanda treinamento e quem vê como mais preparado para uso da IA como engenheiros de prompt são as pessoas com formação e funções mais intelectuais.
“Para usar a IA vai ter que saber falar e explicar ou o resultado não será aquele esperado”, disse. “Existe um mercado que está surgindo que é de engenharia de prompt. Profissionais do direito, de letras, quem escreve, estão em vantagem. Se você não souber conversar, não vai extrair o melhor da IA”.
Imagem principal: Painel de inovação em IA nas finanças no SAS Innovate On Tour 2025 (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)