O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, determinou na última quinta-feira, 10, que as operadoras de telefonia informem os números das linhas telefônicas usadas por quatro empresas de comunicação (Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços, Yacows Desenvolvimento de Software, Croc Services Soluções de Informática e SMSMarket Soluções Inteligentes) suspeitas de terem feitos disparos massivos de mensagens pelo WhatsApp durante as Eleições de 2018. A determinação também inclui a apresentação dos números de linhas dos sócios de três dessas agências.

A decisão ocorre no âmbito de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), ajuizada pela coligação Brasil Soberano (PDT/Avante) contra Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão.

A decisão acontece depois de o gerente de políticas públicas do WhatsApp, Ben Supple, ter admitido em palestra na Colômbia que a plataforma de mensageria foi utilizada para o envio massivo de mensagens, usando sistemas automatizados.

As operadoras têm três dias úteis, após receberem o ofício, para responder com os números de telefone. Até o fechamento dessa reportagem, de acordo com o SindTelebrasil, as empresas de telecomunicações ainda não haviam recebido a notificação.