A Conexis Brasil Digital (ex-SindTelebrasil) levou ao governo federal sua proposta para solucionar as interferências do 5G na recepção dos sinais de TV via satélite em banda C. A solução híbrida usaria um filtro LNBF e passaria, posteriormente, para a migração do serviço de TVRO residencial para a banda Ku, mas somente após o início da implantação da rede de quinta geração. O modelo a ser realizado em duas etapas, está sendo apresentado à Anatel e aos Ministérios das Comunicações e da Economia.

A sugestão, previamente anunciada no Teletime, misturam as duas propostas já estudadas pela Anatel. De acordo com o comunicado do sindicado das empresas de telecomunicações, o objetivo da proposta é buscar uma solução que não atrase a implantação do 5G, mas que também não seja tão onerosa. Segundo levantamento da Conexis, a implantação da migração desde o início, por sua complexidade operacional, poderia atrasar o 5G em 2 anos. Este foi o tempo aproximado que a Empresa Administradora da Digitalização (EAD) levou para distribuição dos kits da TV digital terrestre.

De acordo com a entidade, em 3 anos, a soma dos recursos necessários para as duas etapas fica menor que migrar hoje, pelo decréscimo anual das TVROs. Além do mais, o custo de eventuais ressarcimentos da Banda C tende a diminuir com o vencimento de diversas outorgas de satélite nos próximos anos, estima a Conexis.

As operadoras, e o CPqD realizaram testes de campo e de laboratório para encontrar uma solução para as interferências. Esta proposta se baseia justamente nesses testes, que foram confirmados pela Anatel, atestando a viabilidade da convivência do 5G com a TVRO na faixa de 3,5 GHz, com a utilização dos filtros LNBF.

De acordo com os estudos, é possível acomodar, acima de 3,8 GHz, todos os canais abertos analógicos e digitais de TV por satélite não sendo necessária a digitalização dos canais analógicos na mitigação.