A rede móvel 5G da Brisanet suporta até quatro vezes mais o que transporta. De acordo com José Roberto Nogueira, CEO da operadora, a ideia é não deixar a rede se tornar um legado ultrapassado.

“A rede sempre está atualizada à prova de futuro”, afirmou. “Se houver uma surpresa de consumo, ela está pronta. Não precisará de investimento. E o mercado tem que valorizar mais empresas como a Brisanet. A infraestrutura é a base de todos os negócios”, lembrou o executivo, ao comentar que o “mercado” ainda não deu o valor merecido à Brisanet.

“A Brisanet tem solidez. Temos responsabilidade com o que estamos fazendo e estamos muito seguros”, explicou. “Entendemos sobre o que fazemos e gostaríamos que os fundos, quando forem apresentar ao investidor opções de investimento, fizessem essa pergunta: ele quer um resultado em meses ou a longo prazo? Somos uma empresa sólida pela tecnologia que temos”, defendeu Nogueira durante conferência sobre os resultados da operadora do terceiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira, 13.

Brisanet e a concorrência

Sobre como continuar crescendo diante da concorrência Nogueira explicou que a rede da Brisanet está bem estruturada e o 5G cobre 100% das cidades onde atua. “Fizemos uma rede com supercapacidade. E temos a possibilidade de oferecer o giga mais barato”, resumiu, lembrando que a empresa cobra R$ 0,50 por gigabyte, em média. “Temos o melhor preço e a melhor tecnologia nas capitais”, afirmou.

Outro ponto que comparou com a concorrência é que a Brisanet expande para áreas rurais mais adensadas e que, em breve, sua cobertura deverá ser superior à da concorrente.

“Haverá uma melhoria mais expressiva quando as pessoas fizerem o processo de migração do celular 4G para o 5G. Atualmente, 56% dos celulares vendidos ainda são 4G. Mas o leilão exigia o 5G puro. Os celulares 4G nem deveriam ser mais homologados pela Anatel”, reclamou Nogueira. De acordo com números apresentados pelo executivo, um smartphone 5G de entrada está entre R$ 950 e R$ 1 mil, mas ele acredita que, quando os handsets chegarem custar entre R$ 650 e R$ 700 – que deve acontecer em 2026 – a experiência na rede Brisanet será ainda melhor e as vendas móveis deverão acelerar com mais intensidade.

Nogueira também lembrou que a Brisanet possui toda a tecnologia fim a fim. O modelo é construir muito com pouco recurso. “Qualquer companhia que fizesse o que fizemos, precisaria de bilhões. Somos eficientes, conhecemos o nosso mercado regional e temos conhecimento técnico”, resumiu

Mini data centers

A onda dos data centers também está sendo analisada pela Brisanet. Mas não os grandes localizados nas capitais. De acordo com o CEO da Brisanet, a estratégia é investir em mini data centers localizados longe dos grandes centros urbanos para o uso de empresas localizadas em pequenas e médias cidades do interior.

“Nós vamos investir em mini data centers. A experiência com baixa latência dependerá dos centros de dados estarem por perto. Não será necessária a refrigeração especial. É uma pulverização do processamento”, explicou o executivo.

Nogueira acha que a onda por grandes data centers é demasiada. “Acreditamos na computação distribuída. Pode haver um exagero de investimento que não venha precisar”, disse.

Entre as formas de se instalar esses equipamentos, Nogueira pensa que em cada torre pode haver um pequeno data center para processar inteligência artificial, por exemplo. “Esse processamento deve ser local e não à distância. É mais barato pulverizar por conta de energia e espaço”, completou.

A ideia é que isso aconteça “no futuro” e os pequenos centros de dados deverão atender pequenas e médias empresas. Neste caso, a Brisanet deverá oferecer armazenamento em nuvem também.

FWA

Sobre o FWA, Nogueira comentou que foi preciso “estacionar” seu crescimento para fazer ajustes finos de plataforma. Depois de alcançar 37 mil clientes no segundo trimestre de 2025, a operadora repetiu o mesmo número no terceiro. “Corremos para ter uma base, e temos a maior, mas estacionamos para ajustes finos de plataforma. A partir do próximo ano voltaremos a acelerar”, contou.

Nogueira aposta no potencial do FWA e deverá investir na tecnologia no Centro-Oeste. O executivo acredita que a aceleração voltará no primeiro semestre de 2026.

Rede móvel no Centro-Oeste

A empresa deverá começar a habilitar clientes para o 5G no Centro-Oeste em 2026. O foco da operadora é chegar em pequenas e médias cidades entre 20 mil e 60 mil habitantes.

“O retorno é mais rápido nas cidades medianas e a Brisanet consegue fazer melhor esse corpo a corpo”, explicou Roberto Nogueira, CEO da operadora.

O executivo acredita que nessas regiões é possível elevar um pouco mais o tíquete médio e não há investimento em backbone para ser feito nessa região, explicou em conversa com representantes do mercado financeiro nesta quinta-feira, 13.

A operação acontecerá por meio de parcerias para as pequenas cidades.

Relembre os números

A Brisanet chegou a 296 cidades com cobertura de sua rede móvel, um aumento de 14 municípios em comparação com o segundo trimestre de 2025, incremento de 61% em um ano. De acordo com o balanço financeiro da empresa apresentado nesta terça-feira, 11, os acessos móveis subiram para 701 mil, crescimento de 214% na comparação com o terceiro trimestre de 2025, quando chegou a 223 mil.

O lucro líquido avançou para R$ 38,4 milhões no 3T25, crescimento de 120% na comparação com o mesmo período de 2024, quando estava em R$ 17,5 milhões.

 

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