A Ligga está estudando a implementação de uma rede 5G híbrida na Ligga Arena, estádio do Athletico Paranaense, em Curitiba, Paraná. A ideia é utilizar a tecnologia de network slicing para ter uma rede 5G que seja ao mesmo tempo pública, atendendo aos espectadores das partidas, e privativa, com garantia de banda para uso corporativo. “Isso já está em projeto. Em breve teremos novidades”, comentou Rafael Marquez, CRO da Ligga, em conversa com Mobile Time.

Análise

O network slicing, ou “fatiamento de rede”, é uma funcionalidade característica das redes 5G standalone (SA) que consiste em reservar um pedaço da capacidade da rede para determinadas finalidades, garantindo mais qualidade e segurança no tráfego de dados. 

As operadoras brasileiras vêm realizando uma série de testes com essa tecnologia. Servem de exemplo as transmissões do Prêmio Multishow pela Globo em 2022 na rede da TIM e do GP de F1 pela Band na rede da Claro no ano passado, ambas com network slicing. A tecnologia foi fundamental para garantir espectro suficiente e com consistência para que cinegrafistas pudessem captar imagens e transmitir ao vivo, no lugar do uso de comunicação por satélite. 

O que falta, contudo, é transformar esse recurso em um produto de prateleira das operadoras, com preço, modelo de negócios e SLA pré-definidos.

Crédito da imagem no alto: ilustração produzida por Mobile Time com IA generativa