Rafael Souza, CEO da Ubots (crédito: Marcelo Kahn/Mobile Time)

As plataformas de mensageria vêm criando várias funcionalidades para garantir aos usuários que eles estão conversando com perfis verdadeiros de empresas, mas poderiam também desenvolver soluções no sentido oposto: alertando empresas sobre a autenticidade de um usuário ou sobre o risco de ser um fraudador. A sugestão partiu de Rafael Souza, CEO da Ubots, que participou junto com outros executivos de bots de painel no Super Bots Experience 2022, evento organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 16.

O executivo da Ubots recomendou o uso de autenticação biométrica para confirmar a identidade de um usuário que entra em contato com uma empresa via chatbot, e, assim, permitir o acesso a aplicações mais avançadas na comunicação. O especialista explicou que essa autenticação pode ser por reconhecimento de voz, face ou até texto. “Hoje, a maioria desses canais poderiam prover soluções de segurança. Os canais têm muito a evoluir. Se ele (o canal) está instalado em um app, podemos ter acesso a mais informações de autenticação”, disse Souza.

Outras tendências

Marcelo Hein, CSO da Take Blip, lembrou que o pagamento dentro dos apps de mensageria é outra funcionalidade que está no radar de melhorias de plataformas como WhatsApp e Instagram.

Flavia Nassif, CEO da Dial My App, sugeriu que as companhias melhorem as experiências visuais das plataformas de comunicação e mensageria. Um exemplo citado é reduzir a experiência de digitação do cliente para poucos cliques.

Já Anindita Guha, head de Latam da Gupshup, abordou três temas que precisam estar na pauta de Google e Meta: “Gostaria que eles estivessem mais disponíveis para comunicação. Eles nunca respondem e-mails. Mas entendo que isso acontece porque têm uma equipe pequena para responder toda a América Latina. Como o mercado latino-americano está escalando, eles precisam aumentar. A segunda coisa é oferecer suporte em engenharia. E, por fim, eles deveriam vir a campo conosco.Deveriam evangelizar o ecossistema, educar os clientes e a audiência sobre os canais”, concluiu.