O Google começou a tirar da Google Play os aplicativos que puxam histórico de SMS e de ligações dos usuários. Somente algumas exceções foram selecionadas a dedo pela estafe do Google, informa o site Tech Crunch. Na visão da companhia do sistema operacional Android, o movimento visa cortar aplicativos que têm acesso a dados sensíveis dos usuários. Ainda assim, o Google deixa uma porta aberta aos desenvolvedores. Isso porque, até o dia 9 de março, os criadores de apps podem preencher o formulário de declaração de autorizações. No documento é preciso explicar por que o app coleta esses dados e qual a importância dessa função para o app continuar operando.

Os apps que serão autorizados pelo Google precisam ter ações como: gerenciador padrão de SMS, gerenciador padrão de telefone, gerenciador padrão de assistente. A companhia também autoriza apps na Google Play com ‘exceções temporárias’ como: backup e restauração para usuários e arquivamento para empresas; identificador de chamadas, detecção e bloqueio de spam; apps companion de dispositivos conectados (por exemplo, relógios inteligentes, automotivo); sincronização entre dispositivos ou transferência de SMS ou chamadas; transações financeiras com base em SMS (por exemplo, mensagens de cinco dígitos) e atividades relacionadas, incluindo verificação de conta via OTP para transações financeiras e detecção de fraudes; automação de tarefas; chamadas de proxy (exemplo: VoIP).

Por outro lado, o Google passa a proibir a coleta de dados de SMS e registro telefônico em ações de verificação de contas, compartilhamento de conteúdo ou convites, priorização de contatos, perfis de afinidade, exibição de chamadas/mensagens recentes ou gráficos sociais. Na visão da empresa, há funcionalidades no Android que podem suprir essa necessidade, em vez de usar dados históricos. É o caso do SMS retriever para confirmação de contas; o Intent SMS para começar uma mensagem com o usuário; e o uso do Intent de discagem para iniciar uma chamada para o consumidor.

A medida foi definida em outubro de 2018. A decisão foi tomada após alguns aplicativos abusarem da solução e até terem esses dados vazados, como foi o caso de um app de teclado virtual que deixou expostas as informações de 31 milhões de consumidores. Na época, o Google informou aos desenvolvedores que não permitiria mais essa coleta de dados e que tiraria os apps que puxam os logs dos usuários de seu marketplace.